UNE, UBES e ANPG exigem a saída imediata do Ministro da Educação, Milton Ribeiro, diante áudios divulgados pela Folha de São Paulo, onde ministro afirma beneficiar pastores amigos do presidente com verbas do MEC. Confira a nota na íntegra.
A UNE, UBES e ANPG vêm a público manifestar indignação com as estarrecedoras gravações em que o ministro da Educação admite, de viva voz, beneficiar amigos de determinados pastores na liberação de verbas públicas do MEC, atendendo ordem direta do próprio presidente da República. Trata-se do funcionamento de um gabinete paralelo, funcionando às margens da legalidade e sob critérios políticos e ideológicos nada republicanos.
No momento em que vivemos a maior crise da educação brasileira, quando milhares de jovens evadem das escolas e universidades e pós-graduandos padecem com 9 anos de bolsas congeladas, realidade que exigiria do Ministro um grande esforço para reverter esse cenário, vimos o ministério ser transformado num grande balcão de negócios a céu aberto para alimentar esquemas eleitorais do presidente.
Por isso, a UNE, UBES e ANPG repudiam a negociata em curso e exigem transparência, impessoalidade e projeto amplamente discutido com a sociedade para a utilização dos recursos do cidadão brasileiro.
A Educação precisa ser pilar para reconstrução nacional e de geração de oportunidades para nossa juventude. Se antes, por não lutar por avanços na educação brasileira, já não reunia condições de seguir à frente do MEC, diante deste escândalo, o ministro perdeu todas as condições de permanecer no cargo.
É imperioso que o Congresso Nacional, em sua atividade de fiscalização do Executivo, e o Ministério Público Federal e autoridades judiciárias tomem providências para cessar esse descalabro.