A Lex Instituto de Estudos Jurídicos, empresa comandada por Viviane Barci de Moraes e que tem o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes e os filhos do casal como sócios, adquiriu ao menos dois imóveis avaliados em R$ 16 milhões neste ano.
Viviane e a Lex foram alvo nesta segunda-feira (22) das sanções aplicadas pelo governo dos Estados Unidos por meio da Lei Magnitsky, que já havia sido estendida ao próprio ministro em julho.
Imóvel de luxo em Campos do Jordão
Em março, a empresa desembolsou R$ 4 milhões para a compra de um apartamento duplex de 365 metros quadrados em Campos do Jordão (SP), com seis vagas na garagem e cinco suítes.
Um imóvel idêntico, no mesmo edifício, é atualmente anunciado por cerca de R$ 7 milhões. O apartamento conta com:
- Sala com três ambientes, pé-direito duplo e lareira
- Cozinha ampla e áreas de serviço
- Cinco suítes com sistema de calefação e banheiros aquecidos
- Varanda gourmet e sacada
- Sistema de aspiração central e persianas automatizadas
A área comum do condomínio inclui sauna seca e a vapor, spa com hidromassagem, espaço gourmet, adega individualizada, salão de jogos, espaço kids, academia, sala de massagem e jardim zen.
Segundo imóvel no mesmo edifício
Este é o segundo apartamento da família Moraes no mesmo prédio. Em 2014, a Lex já havia adquirido a unidade vizinha, com 362,6 m², também por R$ 4 milhões. Ambos os imóveis foram comprados da construtora Poiano Lopes LTDA, conforme documentos revelados pelo portal Metrópoles.
Sanções ampliadas
O governo Trump já vinha monitorando a atuação de Viviane Barci e de sua empresa, sob a avaliação de que o escritório teria sido impulsionado pela projeção de Alexandre de Moraes no STF.
Com a aplicação da Lei Magnitsky, tanto Viviane quanto a Lex ficam proibidas de realizar negócios com cidadãos norte-americanos ou empresas ligadas aos EUA. Também não poderão utilizar cartões de crédito de bandeiras internacionais com operação nos Estados Unidos.