Espaço exclusivo para ministros facilita embarque e desembarque, mas custos geram questionamentos públicos diante de reformas semelhantes em outros tribunais superiores
O Supremo Tribunal Federal (STF) desembolsou pelo menos R$ 1,1 milhão desde o início de 2023 para manter uma espécie de “Sala VIP” destinada aos seus ministros no Aeroporto Internacional de Brasília. O espaço, que existe desde 2017, possibilita que os magistrados evitem as áreas comuns do terminal ao embarcar e desembarcar, garantindo agilidade e privacidade.
Funcionamento e uso compartilhado
Embora não conte com as mesmas comodidades das salas VIP convencionais, o local oferece um ambiente reservado para facilitar a movimentação dos 11 ministros do STF. Além deles, a sala é utilizada por integrantes de outros tribunais superiores, governadores de Estado e outras autoridades.
De acordo com as notas fiscais emitidas pela concessionária Inframérica, que administra o aeroporto, o custo pago pelo STF corresponde a uma cota de uso da área restrita, totalizando cerca de R$ 439,2 mil em 2023, R$ 403 mil em 2024 e R$ 290,3 mil em 2025 até o momento.
Questionamentos e reformas em outros tribunais
As despesas com salas VIP de aeroportos por magistrados têm sido alvo de debate nas redes sociais, especialmente após a notícia de que o Tribunal Superior do Trabalho (TST) está investindo cerca de R$ 1,5 milhão em reformas para uma nova área destinada aos seus 27 integrantes no mesmo aeroporto.
Em 2025, o TST já gastou pouco mais de R$ 251 mil com serviços de apoio ao embarque e desembarque, reforçando a discussão sobre os custos elevados desses espaços exclusivos para autoridades.