Influenciadora foi sentenciada a pagar R$ 10 mil a outro ex por posts ofensivos em redes sociais
A influenciadora e professora de português Cíntia Chagas, atualmente envolvida em uma disputa judicial com o deputado estadual Lucas Bove (PL-SP), não é novata em polêmicas com ex-companheiros. Antes de acusar Bove de agressão e solicitar sua prisão preventiva, Cíntia foi condenada pela Justiça a pagar uma indenização de R$ 10 mil a outro ex-marido, o psicólogo Luiz Fernando Garcia, por danos morais. A sentença foi motivada por publicações feitas por ela nas redes sociais, nas quais, sem citar diretamente o nome de Garcia, fazia acusações que atingiam sua honra e reputação.
O caso envolvendo Luiz Fernando Garcia começou após o fim do relacionamento do casal, em fevereiro de 2021. Na ocasião, Cíntia chegou a registrar um boletim de ocorrência contra o ex, acusando-o de violência doméstica e de comportamento controlador. No entanto, apesar da medida protetiva concedida inicialmente, Cíntia não deu continuidade à denúncia criminal, o que resultou no arquivamento do caso. Paralelamente, Garcia moveu uma ação de danos morais contra a influenciadora, alegando que ela o havia difamado em suas redes sociais. Nos Stories, Cíntia se referiu a ele como “estelionatário”, “bandido” e “ladrão”, acusações que o empresário negou categoricamente.
O processo judicial incluiu provas como prints dessas publicações, que foram determinantes para a condenação de Cíntia. O juiz Celso Lourenço Morgado, da 39ª Vara Cível de São Paulo, inicialmente fixou o valor da indenização em R$ 20 mil, mas, após recurso, a 9ª Câmara de Direito Privado do Tribunal de Justiça de São Paulo reduziu o montante para R$ 10 mil. Cíntia recorreu até a terceira instância, mas o Superior Tribunal de Justiça (STJ) manteve a decisão. Procurada pela imprensa, a defesa da influenciadora informou que ainda avalia a possibilidade de novos recursos.
A trajetória de conflitos de Cíntia Chagas com ex-companheiros ganhou novos capítulos com o caso envolvendo o deputado estadual Lucas Bove, com quem foi casada por apenas três meses. Na última sexta-feira (18/10), a influenciadora pediu a prisão preventiva de Bove, alegando que ele teria descumprido uma medida protetiva imposta pela Justiça com base na Lei Maria da Penha. Segundo a defesa de Cíntia, o deputado teria se aproximado dela e feito ameaças, o que levou à ação judicial. A Justiça de São Paulo investiga o caso, que inclui acusações de violência psicológica, perseguição, injúria e ameaça.
Por outro lado, Lucas Bove nega todas as acusações e se defendeu publicamente. O parlamentar afirmou que o uso indevido da Lei Maria da Penha, como ele alega estar acontecendo em seu caso, pode prejudicar mulheres que realmente precisam da proteção garantida pela legislação. Bove está temporariamente proibido de se aproximar a menos de 300 metros de Cíntia Chagas, bem como de manter qualquer contato com ela, seja por telefone, mensagens de texto ou menções nas redes sociais.
Essa série de acusações e disputas judiciais reacende o debate sobre o uso de leis de proteção às mulheres e a responsabilidade nas redes sociais, onde publicações podem ter consequências graves para as partes envolvidas. Enquanto o caso de Cíntia e Bove se desenrola nos tribunais, a influenciadora já carrega em seu histórico uma condenação anterior por danos morais, um fator que pode influenciar o desenrolar das novas acusações.