Ministro do STF afirma que uma suposta organização criminosa teria tido ajuda de “apoiadores” que selecionam informações contra Estado
O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraesconsidera que o vazamento de trocas de mensagens entre servidores da Corte suprema e do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) pode ser obra de “uma possível organização criminosa”. Para ele, grupo teria ajuda de uma rede virtual que atua para criar ou compartilhar mensagens contra a “estrutura democrática”.
A informação consta no inquérito 4972 que apura os vazamentos. O inquérito teve o sigilo derrubado pelo próprio Alexandre de Moraes, relator do caso, na noite desta quinta-feira (22/8). O objetivo dos eventuais criminosos, diz o ministro na justificativa para a abertura do procedimento, seria “desestabilizar as instituições republicanas” do Brasil.
As mensagens a que Moraes se refere aparecem em uma série de reportagens do jornal Folha de S. Paulo. Elas foram publicadas neste mês. Nelas é afirmado que teria havido comunicação extra-oficial para o andamento de inquéritos relatados pelo ministro. Isto configuraria uma suposta falha jurídica e levantou discussões sobre a possível anulação de provas.