Pesquisa mostra recuo da confiança em relação a fevereiro. Entre os 29 pesquisados, o maior recuo da confiança ocorreu no segmento de Máquinas, aparelhos e materiais elétricos
O Índice de Confiança do Empresário Industrial (ICEI) por setor, da Confederação Nacional da Indústria (CNI), caiu em 22 dos 29 setores industriais analisados. O principal motivo é a piora na percepção do momento atual da empresa e da economia. Apesar disso, o ICEI dos 29 setores ficou em 50 pontos, acima da linha de corte, que separa a confiança da falta de confiança. Foram entrevistadas 2.249 empresas, sendo 894 pequeno porte, 822 médio porte e 533 de grande porte.
O maior recuo da confiança ocorreu no segmento de Máquinas, aparelhos e materiais elétricos. O ICEI do setor passou de 58,7 pontos em fevereiro para 53,3 pontos em março. De acordo com o gerente de Análise Econômica, Marcelo Azevedo, o índice para esse setor seguiu acima de 55 pontos entre junho de 2021 e fevereiro de 2022, alcançando 65,1 ponto em agosto de 2021.
“Mas em março houve uma piora significativa na percepção das condições da empresa e da economia. O setor só segue confiante, porque as expectativas para os próximos seis meses se mantêm um pouco acima da linha de corte”, explica.
Outras reduções expressivas de confiança na indústria de transformação, entre fevereiro e março, ocorreram nos setores: automotivo (59,8 pontos para 55,8 pontos), metalurgia (57,5 pontos para 53,8 pontos), biocombustíveis (59,3 pontos para 55,9 pontos) e produtos de metal (59,9 pontos para 56,5 pontos).
A pesquisa mostra que apenas seis dos 29 setores pesquisados avaliam positivamente as condições atuais das empresas e da economia brasileira na comparação com os últimos seis meses. São eles: couro, produtos farmacêuticos, máquinas e equipamentos, outros equipamentos de transportes, produtos diversos e biocombustíveis. Todos os 29 setores analisados permanecem com expectativas otimistas para os próximos seis meses.