Steven Mnuchin minimiza preocupações: “Pessoas estão exagerando” com políticas de Trump

Ex-secretário do Tesouro diz que não vê sinais de recessão e defende a estratégia econômica do segundo mandato de Trump

Enquanto tensões comerciais voltam a dominar as manchetes globais, o ex-secretário do Tesouro dos Estados Unidos, Steven Mnuchin, saiu em defesa do governo Trump. Em entrevista à CNBC nesta quarta-feira (8), Mnuchin afirmou acreditar que “as pessoas estão exagerando um pouco” nas reações às mudanças de política econômica promovidas pela atual administração.

Segundo Mnuchin, apesar das preocupações sobre uma possível recessão, ele não vê sinais concretos de que a economia americana caminhe para uma contração. “Não acho que vamos ter uma recessão. As perspectivas não indicam isso. E, sinceramente, discordo da avaliação de Larry Summers de que há uma chance de 50%”, afirmou, referindo-se ao ex-secretário do Tesouro democrata.

Tensões comerciais em alta

Os primeiros meses do segundo mandato de Donald Trump foram marcados por uma escalada nas tensões comerciais com parceiros estratégicos como Canadá, México e China. Em meio a anúncios e recuos de tarifas e cortes no quadro federal, a confiança de consumidores e pequenos empresários sofreu abalos.

Mesmo assim, Mnuchin adota um tom otimista. Para ele, os fundamentos da economia americana continuam sólidos, e os ajustes comerciais, embora turbulentos, fazem parte de uma estratégia de fortalecimento interno.

Perspectivas divergentes

Embora o rastreador GDPNow do Federal Reserve Bank de Atlanta projete uma possível contração do PIB no primeiro trimestre, a maioria dos analistas de Wall Street ainda prevê crescimento — mesmo que modesto.

“Estamos em um momento de transição, mas longe de um cenário de crise”, ponderou Mnuchin, reforçando a confiança na capacidade da economia de absorver os choques externos e se ajustar às novas dinâmicas globais.

Com eleições à vista e um ambiente econômico cada vez mais polarizado, o tom moderado de Mnuchin busca trazer uma dose de pragmatismo em meio à volatilidade dos mercados e à crescente tensão política nos Estados Unidos.