Givaldo Alves de Souza, 48, viu a vida mudar após a disseminação das imagens de uma câmera de segurança que o mostram sendo espancado por um personal trainer em Planaltina (DF), que o encontrou com a esposa dele em um carro, há duas semanas.
Em entrevista o homem, que está em situação de rua na capital do país desde dezembro do ano passado, revelou perdoar quem o agrediu, diz ter medo de ser incriminado e que tem ciência de que sua situação poderia ser bem pior caso não houvesse prova visual da ocorrência. “Deus é tão maravilhoso que fez aquela mulher me parar debaixo de uma câmera”, disse.
Souza, que hoje está em um abrigo de Ceilândia (DF), ainda se recupera das lesões. Ele contou que quebrou uma costela e tem dificuldades de andar e respirar e que a dor, no hospital era “insuportável. Seja para virar na cama, seja para levantar ou para dar um passo”, conta.
A preocupação ainda maior enquanto esteve internado, desde o dia 9 de março, no entanto, era outra. “No hospital, senti medo do que poderiam me acusar”, pontua. Ele disse que conversou com “dois modestos senhores”, que ele acredita serem policiais e que o teriam tranquilizado, mesmo após um aviso que ficou ecoando em sua mente: “Então, cara, você tem que cuidar. Eles querem te empurrar um estupro”, teria dito um dos homens.