PF prende seis em esquema de fraudes ligado ao PCC

Ação mirou grupo de lavagem de dinheiro no setor de combustíveis; oito suspeitos seguem foragidos e suspeita de vazamento preocupa investigadores

A Polícia Federal deflagrou nesta manhã uma operação contra um esquema de fraudes fiscais e lavagem de dinheiro no setor de combustíveis com participação de integrantes do Primeiro Comando da Capital (PCC). Ao todo, foram expedidos 14 mandados de prisão preventiva, dos quais seis foram cumpridos até o momento.

Entre os presos está João Chaves Melchior, ex-policial civil, detido em Paulínia (SP). Também foram capturados:

  • Ítalo Belon Neto, empresário do setor de combustíveis investigado desde 2001 por sonegação;
  • Rafael Bronzatti Belon, dono da Tycoon Technology e do banco digital Zeit Bank;
  • Gerson Lemes;
  • Thiago Augusto de Carvalho Ramos, empresário do setor de combustíveis de Curitiba;
  • Rafael Renard Gineste, sócio da F2 Holding Investimentos, no Paraná.

Foragidos

Outros oito alvos seguem em aberto, entre eles nomes de destaque no esquema:

  • Mohamad Hussein Mourad, conhecido como “João”, “Primo” ou “Jumbo”, apontado como líder central da fraude;
  • Roberto Augusto Leme da Silva, o “Beto Louco”, considerado colíder;
  • Daniel Dias Lopes e sua esposa Miriam Favero Lopes, ligados a distribuidoras de combustíveis;
  • Felipe Renan JacobsRenato Renard GinesteRodrigo Renard Gineste e Celso Leite Soares, empresários dos setores de combustíveis, vestuário e agronegócio.

Suspeita de vazamento

Segundo o diretor-geral da PF, Andrei Rodrigues, há indícios de que alguns investigados deixaram seus endereços antes da chegada dos agentes, levantando a suspeita de vazamento de informações.

“De fato merece atenção. Eram 14 mandados e prendemos seis. Se houver indício de vazamento, nós vamos investigar”, afirmou Rodrigues em coletiva.

Ligações com o PCC

As investigações identificaram a participação de oito grupos criminosos, alguns deles operando em parceria direta com o PCC. O esquema movimentava milhões de reais em fraudes fiscais, sonegação e lavagem de dinheiro.