Ministro do STF é mestre na arte marcial e mantém tradição no tatame mesmo após chegar à Corte
O ministro Luiz Fux, do Supremo Tribunal Federal (STF), tem uma trajetória que vai além das salas de julgamento. Aos 72 anos, ele é mestre de jiu-jítsu e já ministrou aulas até para policiais do Bope (Batalhão de Operações Policiais Especiais).
Quatro décadas no tatame
Praticante da arte marcial há mais de 40 anos, Fux recebeu em 2019 a faixa coral (vermelha e branca), que representa o 8º grau da faixa-preta, em cerimônia realizada em Manaus. O evento contou com a presença do mestre Oswaldo Alves, referência mundial e professor do ministro desde a juventude. Na ocasião, Fux também recebeu o título de cidadão amazonense.
Segundo Alves, a graduação foi concedida não pelo cargo de ministro, mas por mérito pessoal:
“Ele merece a graduação pelas qualidades, não por ser ministro, mas pela pessoa que é. Apenas cinco pessoas no mundo têm essa graduação”, afirmou o mestre.
Aula para policiais do Bope
Em dezembro de 2024, Fux ministrou um seminário de defesa pessoal e jiu-jítsu no Rio de Janeiro para agentes do Bope e jovens do projeto social Maré Top Team, no Complexo da Maré. Durante a aula, o ministro destacou a importância da disciplina no tatame como ferramenta de transformação social:
“O jiu-jítsu é um instrumento de educação singular. Muitos jovens, que antes enfrentavam dificuldades, hoje dão aulas em outros países graças ao esporte.”
STF e o jiu-jítsu
Mesmo após assumir o cargo de ministro do Supremo, Fux nunca se afastou do esporte. Ele montou uma área de treino em casa, onde passou a dar aulas para assessores e seguranças.
Durante a cerimônia de 2019, o mestre Oswaldo Alves também relembrou que Luís Roberto Barroso, colega de Corte, chegou a treinar jiu-jítsu levado por Fux. Em tom bem-humorado, contou que Barroso “não gostava de pagar”, arrancando risos dos presentes.