Poucos minutos após o anúncio da aplicação da Lei Magnitsky contra Viviane Barci, esposa do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes, o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) se manifestou nas redes sociais comemorando a medida e direcionando um recado à elite política e econômica do país.
“Espero que a elite brasileira entenda que somente parando a perseguição, cujo único remédio possível é uma anistia dos fatos começando em 2019, para que não haja possibilidade de desengavetar qualquer desculpa para perseguir opositor político, é somente assim que a gente vai conseguir diminuir essa temperatura”, declarou o parlamentar.
Sanções ampliadas
Além de Viviane Barci, o Lex Instituto de Estudos Jurídicos, entidade ligada à família do ministro Moraes e da qual duas de suas filhas são sócias, também foi incluído na lista de sanções do governo Trump.
Com a medida, os sancionados ficam impedidos de entrar nos Estados Unidos e de realizar transações com cidadãos ou empresas norte-americanas.
Em julho, o Departamento do Tesouro dos EUA já havia anunciado sanções contra Alexandre de Moraes, alegando “medidas arbitrárias e violação de direitos humanos”.
Contexto político
O governo brasileiro já aguardava novas sanções após a condenação do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), em meio ao processo que investigou sua participação em uma trama golpista. O ex-chefe do Planalto foi sentenciado a 27 anos e 3 meses de prisão.
Eduardo Bolsonaro tem sido um dos principais articuladores no exterior para que autoridades brasileiras sejam punidas sob a Lei Magnitsky. Segundo aliados, ele já havia indicado que familiares de ministros do STF poderiam ser alvos das sanções.
O influenciador Paulo Figueiredo, foragido da Justiça brasileira e aliado próximo de Eduardo nos Estados Unidos, também afirmou que novas medidas devem ser anunciadas em breve.