Dubai é a meca dos supercarros. Existem tantos deles lá que são frequentes as notícias de máquinas como Ferrari e Lamborghini, sejam batidas ou inteiras, oferecidas com descontos impressionantes no emirado árabe.
Comprar carrões por barganhas não é uma exclusividade de Dubai: guardadas as proporções, no Brasil tem crescido o mercado de carros de luxo comercializados bem abaixo da Tabela Fipe. Esses sonhos de consumo são veículos avariados e posteriormente incorporados por seguradoras – que, por sua vez, disponibilizam os produtos em leilões.
Na última terça-feira (16), um reluzente Lamborghini Huracán 2021 amarelo com apenas 2.065 km no hodômetro foi arrematado em São Paulo por R$ 2,3 milhões, enquanto o preço médio do modelo é de R$ 3,7 milhões.
Antes de dar lances, é fundamental ver o automóvel pessoalmente, acompanhado de um mecânico de confiança para verificar a extensão dos danos e estimar o custo para realizar os reparos necessários. A conta precisa fechar.
No caso do cupê leiloado, há avarias no lado direito, no assoalho e também na dianteira, causadas por um acidente.
O airbag do motorista foi acionado na batida e os danos são de média monta – termo utilizado para designar carros sinistrados com algum tipo de avaria estrutural, mas que podem ser reparados e continuar rodando em vias públicas. Batidas de média monta passam a constar da documentação do carro.
Danos de pequena monta, que não afetam a estrutura, dispensam mudança no documento, enquanto os de grande monta muitas vezes inviabilizam o conserto – mesmo nesses casos, pode valer a pena a aquisição, mas como sucata, para posterior venda de peças.