O som dos motores voltou a rugir mais alto na vida de Matheus Dressler, 33 anos. Apenas três meses após um grave acidente que resultou na amputação de ambos os pés, o influenciador digital e organizador de eventos automobilísticos voltou ao volante — e à essência do que move sua vida: a velocidade.
O acidente ocorreu em 15 de janeiro, na Rodovia Antônio Machado Santana (SP-225), interior de São Paulo. Para muitos, o episódio seria o ponto final de uma trajetória. Para Matheus, foi apenas uma curva fechada no caminho.

🏎️ Paixão que não perde a marcha
Matheus é um dos criadores do perfil @race100200, no Instagram, onde compartilha vídeos e registros de corridas com veículos de luxo. O projeto, que soma mais de 216 mil seguidores, celebra a potência e o design de máquinas como Ferrari, Lamborghini, Porsche, McLaren e BMW — marcas que protagonizam os eventos que ele organiza na região de Ribeirão Preto, em cidades como Franca e São Joaquim da Barra.
Essas corridas, que reúnem amantes da velocidade de todo o Brasil, ganharam notoriedade não apenas pelos carros, mas pela estrutura, segurança e exclusividade. Dressler tornou-se um nome conhecido nesse nicho.
♿ Recomeço sobre rodas
Após o acidente, a notícia da amputação gerou comoção entre os seguidores e entusiastas do automobilismo. Mas foi também o início de uma jornada de resiliência.
Com próteses adaptadas e um veículo ajustado para suas novas condições físicas, Matheus voltou a dirigir — e mais do que isso: voltou a inspirar.
“A velocidade sempre esteve em mim. Não é só sobre dirigir, é sobre sentir que eu ainda posso ir além”, escreveu em suas redes.
O gesto não é apenas simbólico. Em uma cultura em que a imagem do corpo é muitas vezes ligada à performance física, Matheus ressignifica o que é controle, potência e autonomia.
🚦 Mais do que influencer: símbolo de superação
A história de Matheus Dressler transcende o universo automotivo. Ela fala sobre paixão, dor, reconstrução e reinvenção. Em cada manobra, ele desafia os limites impostos por um acidente que poderia tê-lo imobilizado — mas que, ao contrário, o impulsionou ainda mais.
Num país onde o acesso à reabilitação é desigual e a inclusão de pessoas com deficiência ainda é um desafio, histórias como a de Dressler iluminam possibilidades e reforçam a importância da representatividade também no esporte, na mobilidade e no empreendedorismo digital.
