Adeus ao Doutor Destino: Julian McMahon morre aos 56 anos e emociona colegas e fãs

Um dos rostos mais marcantes da televisão e do cinema nos anos 2000, Julian McMahon, conhecido por papéis icônicos como o vilão Doutor Destino em Quarteto Fantástico e o sedutor Dr. Christian Troy em Nip/Tuck, faleceu no último dia 2 de julho, aos 56 anos, após uma batalha contra o câncer. A notícia foi confirmada pela esposa do ator, Kelly McMahon, em um comunicado ao Deadline.

“Julian amava a vida. Amava sua família. Amava seus amigos. Amava seu trabalho e amava seus fãs. Seu desejo mais profundo era trazer alegria para o maior número possível de vidas”, escreveu Kelly.

Nas redes sociais, a repercussão foi imediata. Ioan Gruffudd, que dividiu cena com McMahon nos dois filmes de Quarteto Fantástico (2005 e 2007), publicou um emocionante tributo no Instagram.

“Apesar de termos interpretado o nêmesis um do outro, sempre houve leveza e risadas ao trabalhar com Julian”, escreveu. “Foi uma honra ser o Dr. Richards para o Dr. Destino dele.”

Um astro que transitava entre luz e sombra

Julian Dana William McMahon nasceu em Sydney, Austrália, em 27 de julho de 1968. Filho do ex-primeiro-ministro australiano Billy McMahon, iniciou sua carreira na televisão australiana antes de conquistar o mundo com personagens intensos, muitas vezes ambíguos.

Ficou famoso como Cole Turner, o demônio apaixonado da série Jovens Bruxas, e logo depois assumiu o papel mais impactante de sua carreira em Nip/Tuck. Como Christian Troy, encantava e provocava, dando vida a um dos personagens mais complexos da TV. A performance lhe rendeu uma indicação ao Globo de Ouro.

Da Marvel aos dramas policiais

Além do Doutor Destino em Quarteto Fantástico, McMahon teve papéis marcantes em filmes como PremoniçõesRed – Aposentados e PerigososUm Momento Pode Mudar TudoSwinging Safari e, mais recentemente, contracenou com Nicolas Cage em O Surfista.

Na TV, também esteve em Marvel’s RunawaysFBI: Most Wanted e Assassinato na Casa Branca, onde viveu o Primeiro-Ministro Australiano — uma referência direta ao legado político de sua família.

Um legado de carisma e intensidade

Julian McMahon não era apenas um galã. Era um ator que sabia oscilar entre o charme e a sombra, entre o amor e o medo. Seu talento estava em dar humanidade aos vilões e mistério aos mocinhos. Partiu cedo demais, mas deixou um legado que continuará vivo nas telas e nos corações de quem acompanhou sua carreira.