Vendas caem 25% no 1º trimestre de 2025. E não é só uma crise de faturamento — é uma crise de percepção.
A Gucci, uma das grifes mais emblemáticas da moda global, registrou uma queda de 25% nas vendas no primeiro trimestre de 2025. O dado vem em sequência à retração de 18% no mesmo período do ano passado — um sinal claro de que a marca enfrenta não apenas um ciclo econômico difícil, mas um reposicionamento ainda não assimilado pelo consumidor.
A situação pressiona a Kering, holding controladora da grife, que também viu marcas como Saint Laurent e Balenciagarecuarem em receita. O faturamento total do grupo caiu 14%.
Mesmo a poderosa LVMH não passou ilesa: a divisão de moda encolheu 5%, num movimento que acende um alerta para todo o setor de luxo e desejo aspiracional.
🎯 Mas o que realmente está acontecendo com a Gucci?
A resposta não está só na economia global — está na narrativa da marca.
Depois do impacto criativo de Alessandro Michele e de anos de “maximalismo excêntrico”, a Gucci entrou num período de transição. A estética foi suavizada. O mercado esfriou. E a expectativa subiu.
Agora, com Demna assumindo o leme criativo, todos aguardam setembro, quando será revelada sua primeira coleção para a casa. Um possível turning point — se houver clareza na direção criativa e, principalmente, na mensagem da marca.
🧠 O que sua marca pode aprender com isso?
O luxo, hoje, não é só produto e grife. É cultura de marca, timing narrativo, consistência de propósito.
Marcas que perdem o pulso da cultura — ou hesitam na hora de se reposicionar — perdem valor. E o consumidor premium percebe isso antes do mercado.