A Embaixada do Líbano e o Centro Cultural Banco do Brasil apresentam, até o dia 9 de outubro de 2022, a exposição de fotografias “Beirute: o Caminho dos Olhares”, de Dia Mrad, que retrata as consequências da terrível explosão que assolou o centro da capital Libanesa em 2020.
Beirute, a capital do Líbano, é uma das cidades mais antigas do mundo, que dizem ter sido destruída e reconstruída sete vezes. A sua localização estratégica na costa do mar mediterrâneo tornou-a um alvo ao longo da história, com todas as civilizações conquistadoras influenciando o seu corpo urbano. Após o fim do mandato francês em 1943, um período de estabilidade moldou Beirute como um destino cosmopolita até o início da guerra civil em 1975 e que durou 15 anos. O conflito destruiu a cidade, devastando grande parte de seu ambiente construído.
Em 4 de agosto de 2020, uma grande quantidade de nitrato de amônio armazenada no porto de Beirute entrou em combustão, resultando na terceira maior explosão da história, sendo a maior não-nuclear. A explosão destruiu o coração cultural, histórico e econômico da capital libanesa, causando mais de 200 mortes, ferindo 6.500 pessoas e desalojando outras centenas de milhares.
A exposição explora as consequências da explosão, capturando duas narrativas paralelas: a destruição dos edifícios históricos de Beirute e o marco zero da explosão, focando nos silos de grãos que atuaram como um escudo para a cidade.
Dia Mrad (Líbano, 1991) vive e trabalha em Beirute. Por meio de uma formação acadêmica e arquivamento fotográfico contínuo de Beirute, Mrad conseguiu capturar a essência da cidade em sua metamorfose física em constante mudança. Seu trabalho se concentra em descobrir e arquivar histórias através da fotografia centrada em torno da manifestação da história no ambiente construído.