A viagem era conhecida no ministério como “Missão Palestina”. Damares visitaria um campo de refugiados na Cisjordânia
A ministra Damares Alves (Mulher, Família e Direitos Humanos) cancelou uma viagem oficial que faria à Palestina e a Israel, no Oriente Médio, às vésperas da guerra na Ucrânia. A viagem era conhecida no ministério como “Missão Palestina”. Damares visitaria um campo de refugiados na Cisjordânia, marcado por conflitos frequentes com militares israelenses.
Diplomatas envolvidos nos preparativos atribuíram o cancelamento a uma ordem do Palácio do Planalto. O penúltimo compromisso público do presidente Jair Bolsonaro antes de decolar para Moscou, onde visitou o presidente Vladimir Putin e manifestou “solidariedade” à Rússia, foi uma audiência com Damares. A data da viagem dela coincidiria com a do presidente.
Bolsonaro viajou para a Rússia e a Hungria entre 14 e 17 de fevereiro. Havia autorizado a viagem da ministra, entre 11 e 19 de fevereiro, com despesas cobertas pelo governo. Damares iria a Tel-Aviv, Jerusalém, em Israel, e a Ramala, na Palestina, para “prospectar oportunidades de cooperação internacional”.