Ministro deu 5 dias para a PGR se manifestar sobre pedido de prisão por coação no curso do processo; deputado, que está nos EUA, afirma ser alvo político
Eduardo Bolsonaro (PL-SP) reagiu ao despacho do ministro Alexandre de Moraes, que determinou prazo de cinco dias para a Procuradoria-Geral da República se pronunciar sobre um pedido de prisão preventiva contra o parlamentar por coação no curso do processo. Nas redes, o deputado — que vive nos Estados Unidos desde fevereiro— afirmou que o Supremo “não quer um Bolsonaro” nas urnas em 2026.
O pleito para prendê-lo foi apresentado em ação movida por PT e PSOL, que atribuem a Eduardo a defesa de sanções do governo dos EUA com potencial de interferir no julgamento de acusados pela tentativa de golpe, entre eles o ex-presidente Jair Bolsonaro.
Em inglês, Eduardo escreveu que, “depois que Jair Bolsonaro foi condenado a 27 anos”, ele seria o próximo alvo. A alegação faz parte de sua linha de defesa pública de que decisões judiciais estariam contaminadas por motivação eleitoral.
Pelo rito, Moraes aguarda o parecer da PGR antes de deliberar. A partir desse posicionamento, o ministro pode rejeitar o pedido, impor medidas cautelares ou decretar a prisão, caso entenda presentes os requisitos legais.
Em resumo:
• O que há agora: despacho que ouve a PGR em 5 dias.
• O que está em análise: suposta coação praticada por Eduardo.
• O que diz o deputado: que o STF tenta impedir sua participação no pleito de 2026.
Procurado, o deputado tem se manifestado apenas pelas redes. PT e PSOL sustentam que a conduta configura pressão indevida sobre processos em curso. Até o momento, não há decisão de mérito sobre o pedido de prisão.