Procurador-geral, que tem dupla nacionalidade, já estava impedido de viajar com o passaporte brasileiro; decisão ocorre após denúncias contra Jair e Eduardo Bolsonaro
O governo dos Estados Unidos, sob Donald Trump, vetou a entrada do procurador-geral da República, Paulo Gonet, quando ele tentar usar o passaporte português. O documento brasileiro de Gonet já estava bloqueado. Com dupla nacionalidade, o PGR recorria ao passaporte de Portugal por exigir apenas autorização eletrônica.
Gonet foi o autor da denúncia ao STF que levou à condenação de Jair Bolsonaro a 27 anos e três meses de prisãopor cinco crimes — entre eles tentativa de golpe de Estado e organização criminosa. Nesta segunda (22/09), o PGR apresentou nova denúncia ao Supremo, desta vez contra o deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) e o jornalista Paulo Figueiredo, acusando-os de submeter interesses da República a objetivos pessoais e familiares com o propósito de “salvar Jair Bolsonaro”.
Segundo fontes, as restrições de Washington têm mirado autoridades brasileiras, em especial integrantes do Judiciário. Entre os alvos citados está o ministro Alexandre de Moraes, relator do processo que condenou o ex-presidente e outros sete réus.