Ministro do Supremo rejeitou pedido de adiamento e cortou advogado que insistia na interrupção da oitiva de Mauro Cid
O clima esquentou no Supremo Tribunal Federal.
Na tarde desta segunda-feira (14), o ministro Alexandre de Moraes repreendeu de forma direta e incisiva o advogado Jeffrey Chiquini, que representa Filipe Martins, ex-assessor especial de Jair Bolsonaro, durante audiência que apura os bastidores da tentativa de golpe de Estado.
“Enquanto eu falo, o senhor fica quieto.”
— disparou Moraes, após ser interrompido pelo defensor, que insistia em adiar a oitiva do ex-ajudante de ordens Mauro Cid.
⚖️ O que motivou o embate?
O advogado alegou que recebeu, às vésperas da audiência, um volume elevado de documentos enviados pela Polícia Federal, e que não teve tempo hábil para analisá-los.
Chiquini então pediu o adiamento da oitiva, o que foi prontamente rejeitado por Moraes, que explicou que os documentos não integram diretamente a denúncia da Procuradoria-Geral da República (PGR) e, portanto, não comprometem a defesa no momento atual da instrução.
Diante da insistência do advogado, Moraes subiu o tom.
🎙️ A audiência que revelou fraturas
A sessão faz parte da instrução das testemunhas dos núcleos 2, 3 e 4 da suposta tentativa de golpe atribuída ao grupo político de Bolsonaro. Mauro Cid foi ouvido como informante do juiz — uma posição estratégica que amplia o peso de suas declarações.
Pela manhã, sem a presença de Moraes, quem conduziu a sessão foi o juiz auxiliar Rafael Henrique. À tarde, Moraes assumiu a oitiva, após ouvir os depoimentos de Clebson Vieira e Adiel Alcântara, convocados pela PGR.
🧩 Quem é quem nessa trama?
- Mauro Cid: Ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, peça-chave na investigação.
- Filipe Martins: Ex-assessor da Presidência, investigado por suposta participação na articulação golpista.
- Jeffrey Chiquini: Advogado de Martins, protagonizou o momento de tensão com Moraes.
- Alexandre de Moraes: Ministro-relator do caso no STF, com atuação firme no enfrentamento aos ataques à democracia.
🧭 Por que isso importa?
O episódio não é apenas um entrevero protocolar. Ele revela:
- A pressão crescente sobre os réus e suas defesas no processo.
- A postura inflexível de Moraes, que busca evitar manobras dilatórias.
- O peso político e simbólico do caso, que pode resultar em condenações históricas.
📣 E você? Acha que Moraes agiu corretamente ou passou do tom?
🗣️ Comente. Compartilhe.
A democracia se defende também com a voz do cidadão.