Ministério Público quer saber se agentes foram afastados e exige abertura de inquérito; caso envolve abordagem violenta na Asa Norte, em Brasília
O Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT) requisitou uma série de informações à Corregedoria-Geral da Polícia Civil (PCDF) sobre a abordagem truculenta realizada por dois policiais da Delegacia da Criança e do Adolescente (DCA) contra o publicitário Diego Torres Machado de Campos, de 42 anos, na presença do filho de 5 anos, na quadra 112 da Asa Norte, em Brasília.
Como parte da apuração conduzida pelo Núcleo de Controle Externo da Atividade Policial (Ncap), o MPDFT instaurou processo investigativo e deu prazo de 10 dias para que a PCDF forneça todas as informações exigidas.
Ministério Público quer saber se policiais foram afastados
Entre os documentos requisitados, o MPDFT solicita:
- Número do procedimento administrativo disciplinar instaurado;
- Fichas funcionais dos policiais envolvidos;
- Confirmação de afastamento dos agentes;
- Número do Inquérito Policial instaurado e portaria inaugural;
- E, caso o inquérito ainda não tenha sido aberto, que seja instaurado imediatamente.
Também foram solicitadas diligências específicas para apuração dos fatos:
- Imagens das câmeras de segurança da região;
- Coleta dos vídeos divulgados pela imprensa;
- Laudo de lesões corporais da vítima;
- Oitiva de testemunhas, da vítima e da mãe da criança;
- Documentos ou registros eventualmente produzidos contra a vítima.
Relembre o caso
O episódio aconteceu na última quarta-feira (9/7), quando os policiais Gustavo Gonçalves Suppa e Victor Baracho Alves, da DCA, perseguiram, imobilizaram e agrediram Diego Torres, que estava com o filho de 5 anos. A criança foi acolhida por uma pessoa que passava no local, na comercial da 112 Norte, enquanto o pai era algemado e conduzido à delegacia.
Imagens divulgadas nas redes sociais mostram o momento em que, durante a ação, uma mulher entra no carro e resgata a criança, enquanto o pai era contido pelos agentes.
Apurações seguem nas esferas criminal e funcional
A Corregedoria da Polícia Civil já instaurou inquérito policial e procedimento administrativo disciplinar para apurar as condutas criminal e funcional dos policiais envolvidos. A repercussão do caso tem gerado forte mobilização social e pressões para responsabilização rápida e transparente.