Daniel Donizet solicita licença de 60 dias da CLDF para tratar saúde mental

Em meio a crescente controvérsia política, o deputado distrital Daniel Donizet (MDB‑DF) apresentou, nesta segunda-feira (30/6), um pedido oficial para se licenciar do cargo na Câmara Legislativa do Distrito Federal (CLDF) por 60 dias, com o objetivo expresso de retomar tratamento de saúde mental.

No documento às autoridades legislativas, Donizet declara que a pressão emocional acumulada nos últimos meses tornou-se “insustentável”, justificando que sua ausência temporária é necessária não apenas para o seu “bem‑estar pessoal”, mas também para manter a integridade no exercício do mandato.

Em meio a crescente controvérsia política, o deputado distrital Daniel Donizet (MDB‑DF) apresentou, nesta segunda-feira (30/6), um pedido oficial para se licenciar do cargo na Câmara Legislativa do Distrito Federal (CLDF) por 60 dias, com o objetivo expresso de retomar tratamento de saúde mental.

No documento às autoridades legislativas, Donizet declara que a pressão emocional acumulada nos últimos meses tornou-se “insustentável”, justificando que sua ausência temporária é necessária não apenas para o seu “bem‑estar pessoal”, mas também para manter a integridade no exercício do mandato.

Deputadas pedem suspensão do mandato por 90 dias

No mesmo dia, a Procuradoria Especial da Mulher da CLDF, liderada pela deputada Paula Belmonte (sem partido), protocolou um requerimento para suspender o mandato de Donizet por 90 dias, com base no Regimento Interno da Casa e no Código de Ética.

O documento, que também conta com as assinaturas das deputadas Jaqueline Silva (MDB)Dayse Amarílio (PSB)Jane Klebia (MDB) e do distrital Pastor Daniel (PP) — integrante da Comissão de Defesa da Mulher — enumera uma série de acusações contra o parlamentar. Entre os episódios mencionados estão suposta recusa a realizar teste do bafômetro, conduta abusiva, importunação sexual e tentativa de extorsão.

O documento, que também conta com as assinaturas das deputadas Jaqueline Silva (MDB)Dayse Amarílio (PSB)Jane Klebia (MDB) e do distrital Pastor Daniel (PP) — integrante da Comissão de Defesa da Mulher — enumera uma série de acusações contra o parlamentar. Entre os episódios mencionados estão suposta recusa a realizar teste do bafômetro, conduta abusiva, importunação sexual e tentativa de extorsão.

Paula Belmonte afirmou: “O mandato parlamentar não é um escudo para a impunidade”, afirmando que a suspensão é necessária para preservar a integridade institucional da Câmara e proteger os direitos das mulheres.

MDB-DF instaura comissão de ética e avalia expulsão

Ainda nesta segunda, o diretório regional do MDB no Distrito Federal (MDB‑DF) decidiu instaurar uma comissão de ética para apurar os eventos envolvendo Donizet. A iniciativa ocorre após pressão do governador Ibaneis Rocha (MDB‑DF), que classificou comportamentos do deputado como incompatíveis com a conduta partidária e política  .

O partido designará um relator para conduzir o processo disciplinar, que poderá resultar em punição interna ou expulsãoda sigla. A comissão se reunirá nos próximos dias para examinar as acusações que envolvem conduta irregular em abordagem policial, denúncias internas e ações que atingem diretamente a imagem do MDB no DF.


Contexto e repercussão

A licença de Donizet surge em um momento de crise: na noite de 26 de junho, ele foi abordado pela Polícia Militar no Riacho Fundo I, sob suspeita de dirigir em zigue‑zague e com sinais de embriaguez. Ele se recusou a fazer o teste do bafômetro e foi autuado com base no artigo 165‑A do Código de Trânsito Brasileiro, que prevê multa e suspensão da CNH. O deputado nega embriaguez, mas admite que se negou ao exame.

A esfera política reagiu rapidamente. O governador Ibaneis Rocha convocou reunião emergencial para debater a permanência de Donizet no MDB, afirmando publicamente: “Não apoio comportamentos como os que o deputado tem tido. Não o protegerei”.

Enquanto isso, dentro da CLDF, cresce o apelo por uma demonstração de rigor ético. O pedido de suspensão por 90 dias é visto como um gesto para garantir que a Casa responda com celeridade à população e à sociedade civil, sobretudo em relação à integridade dos mandatos públicos.


Perspectiva

Donizet justificou seu afastamento como um ato de “coragem e senso de responsabilidade”, afirmando que a pausa será “temporária, porém necessária” e ressaltando que não responde a processos judiciais atualmente  . Ele também reforçou seu compromisso com causas como a defesa dos animais e a representatividade para sua base eleitoral.

Por outro lado, se confirmada a suspensão ou eventual expulsão, ficará em xeque a continuidade de seu mandato até as eleições de 2026 e sua própria carreira política. O MDB‑DF e a Mesa Diretora da CLDF agora decidirão os próximos passos, enquanto o setor político e a opinião pública acompanham de perto.