Corpo do médium Divaldo Franco é velado em Salvador com cerimônia simples e aberta ao público

Fundador da Mansão do Caminho, referência no espiritismo brasileiro, morreu aos 98 anos após complicações de um câncer na bexiga

O corpo do médium e educador Divaldo Pereira Franco, um dos maiores nomes do espiritismo no Brasil, é velado nesta terça-feira (14) em Salvador, na sede da Mansão do Caminho, instituição filantrópica que ele ajudou a fundar e onde dedicou grande parte de sua vida.

Divaldo morreu na noite de segunda-feira (13), aos 98 anos, em decorrência de complicações de um câncer na bexiga. O velório começou às 9h e segue até às 20h, com acesso liberado ao público — atendendo ao desejo do médium de que sua despedida fosse simples e coletiva.

O corpo é velado em caixão fechado, e a cerimônia, conduzida com sobriedade e respeito, reflete o pedido pessoal de Divaldo de evitar homenagens grandiosas ou discursos formais.

Enterro será nesta quarta-feira

O sepultamento está marcado para quarta-feira (15), às 10h, no Cemitério Bosque da Paz, também em Salvador.

Desde as primeiras horas do dia, centenas de pessoas passaram pelo ginásio da Mansão do Caminho para prestar as últimas homenagens. Entre os presentes, estavam discípulos, representantes de centros espíritas de várias partes do país, além de beneficiários dos projetos sociais da instituição.


Legado espiritual e humanitário

Divaldo Franco foi um dos mais reconhecidos médiuns e oradores espíritas do país. Ao longo de sua trajetória, psicografou mais de 250 livros, com traduções em diversos idiomas e milhões de exemplares vendidos, cuja renda foi revertida integralmente para a obra social da Mansão do Caminho, localizada no bairro de Pau da Lima, em Salvador.

A instituição atende diariamente milhares de pessoas com creches, escolas, atendimento médico e diversas ações voltadas à população em situação de vulnerabilidade.


Despedida de um mestre da paz

Com sua voz calma e fala precisa, Divaldo tornou-se referência para milhões de brasileiros ao longo de mais de sete décadas de atuação. Sua partida deixa um legado de espiritualidade, solidariedade e educação.

A comoção nas redes sociais e nos centros espíritas por todo o Brasil confirma: mais do que um líder religioso, Divaldo Franco foi um servidor da esperança — e continuará presente nas vidas que tocou.