Oferta costuma cair nesses períodos, enquanto a procura aumenta; alta nos casos de dengue com a volta das chuvas também é uma preocupação
Novembro é um mês com quatro feriados no Distrito Federal. Alegria para uns, preocupação para outros. Isso porque o número de doações de sangue costuma diminuir nesses períodos. Por isso, a Fundação Hemocentro de Brasília reforça a procura por doadores, a fim de que possa manter o estoque abastecido.
“Muitas pessoas acabam se preocupando com a organização de viagens e não vêm fazer as doações de sangue. Isso faz com que os estoques acabem baixando muito”, aponta o presidente da Fundação Hemocentro, Osnei Okumoto, que ainda acrescenta que há um aumento na procura por sangue, diante de acidentes e de conflitos ocasionados pelo consumo de álcool, que aumenta nos feriados: “Então coincide muito a baixa na doação com o aumento da utilização do sangue nas emergências e nos centros cirúrgicos”.
Atualmente, o estoque do Hemocentro está em 75% do padrão estabelecido. “A gente tem como meta deixar esse estoque estratégico para que a gente possa trabalhar no atendimento de toda a população. Esse estoque (quando está em 100%) é suficiente para que a gente possa ficar sete dias sem coleta, mas atendendo a todas as necessidades do Distrito Federal e do Entorno”, explica o presidente.
Ao longo de outubro, foram registradas, em média, 159 doações por dia, valor menor que o considerado ideal, que é de 180. Hoje, a situação mais crítica é a de sangue tipo O+. Por ser o mais comum entre a população, ele é o mais doado, mas, ao mesmo tempo, o mais requisitado.