Concerto ‘AS quatro estações’, peça mais conhecida de Antonio Vivaldi, promete experiência única aos brasilienses
À luz de velas alaranjadas, parte da iniciativa Candlelight, o sexteto de cordas da orquestra Monte Cristo interpreta, em duas sessões no Teatro Unip, o gênio da música erudita Vivaldi, dividida em quatro partes, cada uma dedicada a uma estação do ano.
Inverno, etapa final da composição, é a mais desafiadora para os músicos. A peça apresenta bruscas variações de dinâmica, com grandes saltos na intensidade com que a música é tocada. A tensão do “crescendo”, termo italiano que marca a construção para o clímax de uma obra, culmina em grandiosos solos de violino, hoje nas mãos de Paulo Galvão, que rasgam a textura do resto do sexteto com linhas melódicas extremamente rápidas e precisas, que dão inveja a guitarristas de heavy metal.
A proposta do Candlelight é consolidar uma nova forma de se consumir música. De Beatles a Bach, passando também por Coldplay e por grandes trilhas sonoras de filmes, a experiência do projeto se fundamenta não só na música em si, mas na ambientação visual oferecida pelas velas sem chamas que iluminam sozinhas todo o espaço. “Essa experiência multissensorial também evoluiu para a apresentação de diferentes elementos, como bailarinos e artistas aéreos, além de outros gêneros, como jazz, soul, ópera e flamenco”, comenta Ricardo Pacheco, coordenador do grupo em Brasília.
Em Brasília, quem toca são os músicos Paulo Galvão, Regiane Cruzeiro, Igor Macarini, Jairo Diniz, Larissa Mattos e Larissa Coutrim.