Acordo de cessar-fogo foi firmado nesta quarta-feira (8/10); presidente dos EUA afirma que todos os reféns foram libertados e que Gaza será reconstruída
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou nesta quinta-feira (9/10) o fim da guerra entre Israel e o grupo Hamas na Faixa de Gaza. A declaração foi feita durante coletiva de imprensa na Casa Branca, logo antes da reunião do gabinete norte-americano.
Segundo Trump, o cessar-fogo foi alcançado na noite de quarta-feira (8/10), após intensas negociações entre as delegações de Israel e do Hamas. O presidente descreveu o momento como um “avanço significativo no Oriente Médio”.
“Ontem à noite, alcançamos um avanço significativo no Oriente Médio — algo que as pessoas diziam que nunca aconteceria. Acabamos com a guerra em Gaza… Garantimos a libertação de todos os reféns restantes”, afirmou Trump, também em publicação na Truth Social.
Gaza será reconstruída com apoio de países da região, diz Trump
Trump declarou ainda que, com o cessar-fogo firmado, o foco agora será a reconstrução da Faixa de Gaza. Segundo ele, países do Oriente Médio com grande capacidade econômica já demonstraram interesse em colaborar com o processo.
“Eles têm uma riqueza enorme e querem ver isso acontecer. Acreditamos que Gaza será um lugar muito mais seguro e próspero”, afirmou o presidente norte-americano.
Reação de Israel e próximos passos diplomáticos
Apesar do anúncio feito por Trump, o gabinete de guerra de Israel se reuniu nesta quinta-feira para discutir o plano de libertação de todos os reféns israelenses e realizar uma votação sobre a aprovação formal do cessar-fogo.
Trump afirmou ainda que pretende viajar ao Oriente Médio nos próximos dias para acompanhar pessoalmente a assinatura do acordo de paz. O presidente do Egito, Abdel Fattah el-Sisi, já teria feito o convite formal:
“Convido o presidente dos EUA, Donald Trump, a comparecer à assinatura do acordo de cessar-fogo no Egito, caso seja alcançado”, declarou el-Sisi.
O acordo, se ratificado por todas as partes envolvidas, pode marcar o fim de mais uma escalada violenta no conflito histórico entre israelenses e palestinos, com potencial de reconfigurar a dinâmica geopolítica da região.