Thais Braz, participante do “BBB 21”, é um exemplo de como mesmo uma mulher dentro do padrão – branca, magra, jovem – pode ser vítima de pressão estética. Durante o programa, a ortodontista foi alvo de comentários depreciativos, especialmente por conta do tamanho de sua testa que quase sempre aparecia coberta por uma franja.
Na época, muitos memes surgiram comentando o formato do rosto dela e, nesta semana, um ano depois, Thais se submeteu a uma frontoplastia – cirurgia plástica que reduziu sua testa em 2 centímetros.
“Era uma coisa que me incomodava muito mesmo, desde criança. Não vou ser hipócrita de dizer que os comentários ruins sobre minha testa [durante o BBB] não me incomodavam, eu chorei várias vezes, já fiquei muito triste”, disse, ao anunciar o procedimento nas redes sociais. A ex-BBB contou ainda, que passará uma semana com uma faixa protetora e que sente a cabeça latejar de dor.
No Twitter, muitas mulheres saíram em defesa de Thais, alertando para o impacto que a pressão estética que ela sofreu, especialmente durante o BBB, fez com que ela se submetesse a um procedimento médico bastante invasivo.
Os impactos da pressão estética sobre as mulheres O Brasil lidera o ranking global em cirurgias plásticas – por aqui, 1,5 milhão de mulheres se submetem todos os anos a diferentes procedimentos, que vão dos tradicionais implante de silicone e lipoaspiração até os que mudam o formato dos pés.
Mas afinal, o que leva tantas mulheres a passar por operações invasivas – que podem até ser letais – para adequar seus corpos ao padrão?
Para as duas especialistas ouvidas nesta reportagem, isso é resultado de uma pressão estética tamanha que transforma corpos femininos em “vitrine”, ou algo para ser “vigiado e punido” – inclusive em forma de memes, como aconteceu com a Thais.