Superdotados: Brasília está entre 3 regiões com maior número de ‘superinteligentes’

Nesta quarta (10), é lembrado o Dia Mundial da Superdotação. Brasília está entre os top três do Brasil com maior população de alto QI comprovado, de acordo com entidade internacional.

O Dia Mundial da Superdotação é lembrado nesta quarta-feira (10), e o Brasil ultrapassa 2 mil pessoas superinteligentes identificadas por uma entidade global. De acordo com a Mensa, uma organização que reúne pessoas com altas capacidades intelectuais, o estado de São Paulo lidera o ranking, com 984 pessoas identificadas com alto QI.

O Rio de Janeiro vem sem segundo lugar, com 229 pessoas identificadas e o Distrito Federal em terceiro, com 134 pessoas (veja mais abaixo todas as cidades pesquisadas). No entanto, esse número deve ser muito maior, aponta Rodrigo Lopes Sauaia, presidente da Mensa Brasil. Para ele, “o país é uma potência intelectual ainda adormecida e subaproveitada”.



“Cerca de 2% dos habitantes do Brasil podem apresentar sinais de altas habilidades, com um QI muito acima da média. Porém, ainda não há um mapeamento abrangente destes indivíduos”, diz Sauaia.

Conforme a Associação Mensa Brasil, 70% dos identificados com altas habilidades ou superdotação, no país, têm entre 19 e 36 anos. O brasileiro mais velho, mapeado, tem 72 anos.

As pessoas entre 13 e 18 anos correspondem a 10%, mesmo índice verificado na faixa etária entre 37 e 45 anos. “Apenas 5% possuem atualmente mais de 45 anos de idade”, diz a Mensa.

O que é superdotação?

Em média, a população do Brasil apresenta um QI de 100 pontos, com uma variação de 15 pontos para mais ou para menos – 85 a 115. Superdotados, ou superinteligentes, tem um QI muito acima desta média e representam apenas 2% da população do planeta.

Para ser considerada uma pessoa com superdotação, pela Mensa, é preciso obter 131 pontos ou mais. A associação quer ampliar a identificação de pessoas com muito QI acima da média, por meio de testes.

Priscila Zaia, psicóloga especialista em superdotação e supervisora nacional da Mensa Brasil, aponta que essas pessoas “possuem um olhar diferenciado para o mundo, fazendo com que apresentem comportamentos e/ou pensamentos diferentes da maioria”. Por isso, segundo ela, é preciso multiplicar as informações sobre altas habilidades.

“Isso [QI muito acima da média] pode gerar rótulos, estigmas e incompreensão, fazendo que eles possam ser cobrados demais (precisando ser bons em tudo, por exemplo) ou possam não ser aceitos nos grupos em geral por causa do seu modo de pensar e agir”, diz a psicóloga.

Aptidões consideradas pela psicologia na avaliação de inteligência:

  • Raciocínio rápido para resolver problemas e pensar em soluções (o cérebro de pessoas com altas habilidades processa rapidamente o que deve ser feito);
  • Boa memória operacional (capacidade de executar uma tarefa enquanto manipula outro tipo de informação);
  • Facilidade para discriminar sons ou visualizar detalhes de imagens;
  • Atenção elevada ao ambiente;
  • Memória de longo prazo.

O que é a Mensa Brasil?

Fundada em 2002, a Associação Mensa Brasil é a afiliada brasileira oficial da Mensa Internacional, a maior, mais antiga e mais prestigiada organização de alto quociente de inteligência (QI) do mundo. Ela congrega pessoas com altas capacidades intelectuais, tendo como único requisito de ingresso possuir QI acima de 98% da população em geral, comprovado por teste referendado de inteligência.



“Para contribuir na ampliação desse mapeamento, a Associação Mensa Brasil está comprometida em aumentar o conhecimento da sociedade sobre a superinteligência. Além disso, pretendemos ampliar a identificação de pessoas com muito QI acima da média, por meio das nossas rodadas de testes, bem como criar um ambiente positivo e estimulante para que estas pessoas possam interagir e evoluir”, diz o presidente da organização, Rodrigo Lopes Sauaia.

A entidade coordena, representa e mobiliza os associados, com foco em três objetivos principais:

  1. Identificar e promover a inteligência humana em benefício da humanidade
  2. Estimular pesquisas sobre a natureza, características e usos da inteligência
  3. Prover um ambiente intelectual e socialmente estimulante para seus associados