Brasília, 19.set.2025 — O secretário de Segurança Pública do Distrito Federal, Sandro Avelar, cobrou do Ministério da Gestão e da Inovação (MGI) uma resposta formal e urgente à proposta de reajuste salarial encaminhada pelo GDF para policiais civis, militares e bombeiros. Em ofício datado de 15 de setembro, a SSP-DF relata que a proposta distrital foi ratificada por Ibaneis Rocha em 3 de setembro e lembra que representantes do MGI chegaram a “desconhecer” o documento em reunião do Fórum de Diálogo, em 5/9.
Ponto a ponto da negociação
- Oferta da União (MGI): reajuste de 24,32% para PCDF, PMDF e CBMDF, dividido em duas parcelas — 11,5% em set/2025 e 11,5% em abr/2026. A proposta foi divulgada oficialmente pelo governo federal em 5/9.
- Posição do GDF: a recomposição foi protocolada em fev/2025 e ratificada em 3/9, com reforço do pedido por urgência ao MGI neste mês.
- Categorias: entidades representativas (como o Sinpol-DF) consideram o avanço relevante, mas discutem contraproposta e apontam pendências de paridade e cronograma.
Sinal político do MJSP
Em vídeo divulgado pelo Sinpol-DF, o ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski, afirmou que a orientação ao time do governo é “aumentar o máximo que der” — gesto interpretado como favorável à valorização, sem definir percentuais. O registro circulou nas redes do sindicato e foi repercutido pela imprensa local.
Por que a decisão depende de Brasília (Planalto)
Embora o GDF aponte que o impacto está planejado no Orçamento de 2025, a execução precisa de chancela federalporque os salários das forças locais são pagos com recursos do Fundo Constitucional do DF (FCDF) — conta da União que financia segurança, saúde e educação na capital. Assim, percentual e cronograma de reajuste passam por alinhamento com o MGI.
“Solicitamos o encaminhamento de resposta formal desse Ministério sobre a proposta […] a fim de evoluirmos com as tratativas”, escreveu Sandro Avelar no ofício ao MGI.
O que observar nas próximas semanas
- Resposta oficial do MGI ao ofício da SSP-DF;
- Eventuais ajustes na proposta (percentual, prazos) após contrapropostas das categorias;
- Atos normativos e trâmites orçamentários para execução via FCDF.
(Em 5/9, a proposta federal ainda estava em discussão com sindicatos e associações.)