Sargento da FAB suspeito de abuso e exploração sexual infantojuvenil é solto

Patrick de Sousa Lima foi um dos 60 detidos em operação da Polícia Federal. Segundo Polícia Civil do DF, militar confessou que armazenava imagens em casa

O sargento Força Aérea Brasileira (FAB) suspeito de abuso e exploração sexual infantojuvenil foi solto pela Justiça, nesta quinta-feira (26), em audiência de custódia, com o uso de tornozeleira eletrônica. Patrick de Sousa Lima, de 38 anos, era um dos 60 presos em uma operação da Polícia Federal, realizada na quarta-feira (25) em todo país.

👉🏽 Segundo a Polícia Civil do Distrito Federal, o militar confessou que armazenava conteúdos de abuso e exploração sexual de crianças e adolescentes. Na casa dele, na região do Cruzeiro, em Brasília, foram encontrados mais de 5 mil arquivos de imagens.

Em nota, a FAB disse que acompanha o caso e que “repudia, veementemente, condutas que não representam os valores, a dedicação e o trabalho do efetivo”. 

Operação prendeu 60 pessoas em todo país

Ao todo, 60 pessoas foram presas flagrante e 144 mandados de busca e apreensão emitidos e cumpridos em todo o Brasil. Durante a investigação, a Polícia Federal contou com o apoio da Agência de Investigação Interna da Embaixada dos Estados Unidos. 

Na operação chamada de Terabyte outras quatro pessoas foram presas em Brasília. Entre elas, dois homens detidos pela Polícia Civil:

  • Um fotógrafo de 59 anos, em Taguatinga, com mais de 20 mil arquivos com conteúdos de exploração sexual de crianças e adolescentes no computador. A polícia investiga se ele também tirava fotos com conteúdo sexual
  • Um técnico de informática de 39 anos, no Recanto das Emas, com 300 arquivos.

De acordo com a PF, entre dezembro de 2023 e agosto de 2024, foram cumpridos 1.291 mandados de prisão de abusadores sexuais que estavam pendentes

👉🏽 A Polícia Federal alerta aos pais e responsáveis sobre a importância de monitorar e orientar seus filhos tanto na internet quanto fora dela. 

Segundo a delegada Rafaella Parca, coordenadora da divisão de repressão a crimes cibernéticos relacionados a abuso infantil da Polícia Federal, a operação confirmou que os criminosos têm utilizado cada vez mais de uma prática conhecida como grooming.