Filmes com viagens no tempo geralmente têm uma premissa em comum: o temor de não influenciar o passado para não interferir no futuro. “O Projeto Adam” não. A missão de Adam (Ryan Reynolds) em 2050 é justamente voltar pro passado e mudar as coisas, mesmo que tenha de encarar a si mesmo com 12 anos de idade.
Em conversa com o Otalab, o ator canadense explicou por que se interessou imediatamente pela premissa de “O Projeto Adam”, que estreia na Netflix na sexta-feira (11).
“Sabe, foi meio estranho na verdade. Eu estava estudando um outro filme que tinha uma pequena parte onde um homem se encontra com seu pai na mesma idade. E eu fiquei obcecado com essa ideia. Mas o resto do filme não funcionava para que eu o fizesse. E, de repente, do nada surge o ‘O Projeto Adam’. O chefe do Skydance Studios veio até meu apartamento e me trouxe a ideia. E eu imediatamente me apaixonei por ela”, contou o ator.
A partir dali, o projeto se desenvolveu rapidamente assim que acionou o diretor Shawn Levy, com quem havia trabalhado em “Free Guy: Assumindo o Controle”.
E foi tudo rápido mesmo, mesmo com a difícil tarefa de escolha de elenco. Afinal onde encontrar um ator mirim que possa reproduzir as características de Ryan Reynolds?
Nós testamos centenas de garotos para esse papel. E foi muito difícil. E porque nós não queríamos alguém que só pudesse me imitar, mas sim que fosse um ótimo ator. E quando testamos Walker ele foi um ótimo ator. Ele é um ótimo ator. Mas ele também tem esse outro superpoder que é poder me imitar de maneira perfeita. E mais tarde fui descobrir que era porque ele é obcecado por Deadpool.
Reencontrando o passado “O Projeto Adam” pode tratar de viagens no tempo, ficção científica, armas a laser e naves, mas no centro fundamental de sua história estão as relações humanas. Entender a relação dos pais com filhos adolescentes, mudar de visão ao envelhecer, entre outros temas são despertados no longa, que ainda conta com Mark Ruffalo e Jennifer Garner.
Ryan analisa como podemos nos identificar tanto com o Adam mais velho quanto com o adolescente Adam ao longo do filme.
Minha versão jovem olhava meu pai como se fosse um super-herói e mais velho às vezes podia enxergar meu pai como um vilão.
Para o ator, essa mudança de perspectiva que muda com o passar dos anos é algo que faz com o que “O Projeto Adam” se torne interessante ao misturar aventura, ficção científica e comédia.
” A verdade está em algum lugar no meio desses dois polos. Meu pai era um super-vilão e era um super-herói. Ele era todas essas coisas ao mesmo tempo. Porque ele só era um homem tentando fazer o melhor que podia. E, para alguns garotos como eu, leva um bom tempo para entender que é um espectro, não é uma coisa ou outra”.