Quem é Eliza Feitoza, a sergipana que emocionou no ‘Quem Quer Ser um Milionário?’

Aos 33 anos, Eliza perdeu R$ 1 milhão por um detalhe em pergunta sobre futebol, mas conquistou o Brasil com sua história de superação e amor pela educação.

Ela errou a resposta final, mas acertou em cheio o coração do público.

A sergipana Eliza Feitoza, de 33 anos, levou R$ 500 mil no quadro “Quem Quer Ser um Milionário?”, do Domingão com Huck, após errar a pergunta de R$ 1 milhão — mas saiu ovacionada pela trajetória de luta, inteligência e inspiração.


A pergunta que valia R$ 1 milhão

A última questão colocava à prova o conhecimento em futebol:

“Qual era o nome do atacante uruguaio que, com seu gol, calou 200 mil torcedores brasileiros no Maracanã na final da Copa de 1950?”

Eliza respondeu Obdulio Ghiggia, mas o nome correto era Alcides Ghiggia, o autor do gol no famoso Maracanazo. Mesmo com o erro, saiu com meio milhão e uma legião de admiradores.


História de superação

Nascida em Pirambu (SE)Eliza cresceu em uma casa de barro, filha de um pescador e de uma dona de casa. Seu pai, Edmilson, enfrentou dois AVCs e chegou a nadar de volta à costa após o barco afundar. Mesmo diante das dificuldades, colocou os quatro filhos na Universidade Federal de Sergipe.

Praticamente moro dentro de uma reserva biológica. Meu pai perguntava todo dia: Já estudaram? Como estão as notas?”, contou Eliza durante o programa.

Ela foi aprovada em 4º lugar no curso de Relações Internacionais, estudando 100% em escola pública. Sempre autodidata, ela relembra:

Nunca gostei de férias na escola. Eu corria para a biblioteca para pegar um livro.


Quem é Eliza hoje?

Eliza é auxiliar administrativa de gabinete no município de Pirambu, articuladora do Instituto Brasileiro de Desenvolvimento Socioambiental (IDESA-Brasil), mãe do pequeno Olavo Uryk, de 8 anos, e casada com Rauni Alexandre.

Tentava participar do programa há quase dois anos — e saiu com um prêmio que representa muito mais do que cifras: a consagração de uma vida dedicada à educação e à perseverança.


Mesmo sem o milhão, Eliza ganhou algo maior: o reconhecimento de um país que se viu representado em sua história.