Imunização é destinada para crianças entre 1 e 5 anos incompletos. Segundo Secretaria de Saúde, capital tem 199,6 mil meninos e meninas nessa faixa etária; multivacinação para quem tem até 15 anos também vai estar disponível.
A campanha nacional de vacinação contra a poliomielite começa nesta segunda-feira (8), no Distrito Federal, para crianças entre 1 e 5 anos incompletos. As doses estarão disponíveis em todas as Unidades Básicas de Saúde (UBSs) de Brasília.
Segundo a Secretaria de Saúde do DF (SES-DF), a capital tem 199,6 mil crianças nessa faixa etária. A multivacinação para quem tem até 15 anos também vai estar disponível (saiba mais abaixo).
A campanha ocorre até 9 de setembro em todas as UBSs. No dia 20 de agosto, será o Dia D de mobilização nacional.
A vacina contra a paralisia infantil é administrada em dois formatos diferentes: injetável e em gotas. A vacina inativada poliomielite (VIP) é um imunizante trivalente injetável em três doses aplicadas em:
- Bebês de 2 meses: 1ª dose;
- Bebês de 4 meses: 2ª dose;
- Bebês de 6 meses: 3ª dose.
Já a vacina oral poliomielite (VOP) é considerada um reforço do esquema primário em duas doses para crianças:
- Crianças a partir de 15 meses: 1ª dose;
- Crianças a partir de 4 anos: 2ª dose.
Multivacinação
Também nesta segunda (8), começa a campanha nacional de multivacinação para atualização da caderneta de crianças e adolescentes até 15 anos de idade. Essa ação engloba meninos e meninas não vacinados ou com esquemas vacinais incompletos.
No DF, o público nessa faixa etária é de, aproximadamente, 395,9 mil pessoas. O intuito da pasta é atingir cobertura vacinal de 95%.
Para todas as crianças, a campanha de multivacinação é a oportunidade de atualização da carteira, com as vacinas que estão dentro do calendário, como:
- Febre amarela;
- Tríplice viral (sarampo, caxumba e rubéola);
- Pneumocócica;
- Rotavírus.
O que é a poliomielite?
A poliomielite é uma doença infectocontagiosa aguda causada por vírus que pode provocar paralisias irreversíveis. Segundo o relatório de 2022 da Organização Pan-Americana de Saúde (OPAS), o Brasil é um dos países que apresenta maior risco de reintrodução da doença.
O início é repentino e a evolução do déficit motor ocorre, em média, em até três dias. A doença acomete, em geral, os membros inferiores, de forma assimétrica, e tem como principal característica a flacidez muscular.
De acordo com a Fiocruz, a doença é causada pelo poliovírus, “que pode infectar crianças e adultos por meio do contato direto com fezes ou com secreções eliminadas pela boca das pessoas doentes e provocar ou não paralisia”.
Na maioria das vezes, a infecção não tem grandes repercussões na saúde. Mas há uma parcela de acometidos, especialmente crianças com menos de cinco anos, que desenvolvem formas bem graves. Nesses casos, o vírus afeta o sistema nervoso e pode causar uma espécie de fraqueza muscular — daí vem o termo “paralisia infantil”, um dos nomes populares da doença.