Ao pedir o arquivamento de sete das dez apurações instauradas no STF (Supremo Tribunal Federal) contra o presidente Jair Bolsonaro (PL) e aliados do Planalto, a PGR (Procuradoria Geral da República) esvazia a ofensiva da CPI da Covid contra o governo. Agora, restam em pé somente dois procedimentos contra o governo abertos a partir dos trabalhos da comissão.
Em junho, um dos 10 casos derivados da CPI já havia sido arquivado pela Procuradoria por falta de provas. A apuração mirava o deputado Ricardo Barros (PP-PR), líder do governo na Câmara. Senadores classificam a postura da PGR como “blindagem” e prometem reagir.
O relatório final da CPI apresentado em outubro do ano passado indiciou Bolsonaro por 10 crimes, sendo que sete deles seriam de competência do Supremo: epidemia com resultado morte, infração de medida sanitária, charlatanismo, incitação ao crime, falsificação de documento particular, emprego irregular de verba pública e prevaricação.
Agora, só restam abertas as apurações sobre falsificação de documento e incitação ao crime.