Drone com câmera térmica ajudou a encontrar a criança de 11 anos no Cânion Fortaleza; polícia apura falhas na sinalização do local
Uma tragédia abalou a região sul do Brasil nesta quinta-feira (10): uma menina de 11 anos morreu ao cair do mirante do Cânion Fortaleza, localizado em Cambará do Sul (RS), na divisa com Santa Catarina. A criança foi localizada por um drone com câmera térmica, mas ainda há dúvidas se ela estava viva no momento da localização.
A perícia e a autópsia devem esclarecer se a menina ainda apresentava sinais vitais ao ser encontrada. Segundo a delegada Fernanda Aranha, que conduz as investigações, o drone térmico utilizado pelos bombeiros indica variações de temperatura corporal, mas não confirma se a pessoa está viva ou morta.
“Ele sinaliza a temperatura do corpo, não necessariamente se a pessoa está viva ou morta. Ele é utilizado apenas para localização”, explicou a delegada em entrevista à GHZ.
Investigação também analisa falhas de segurança no parque
Além de esclarecer as causas da morte, a perícia técnica também apura as condições de segurança do parque, incluindo a presença (ou ausência) de sinalização em áreas de risco.
“Ontem, percorrendo o trajeto até o local, percebemos sinalizações de cautela em alguns pontos. No entanto, especificamente no mirante onde ocorreu o fato, não havia contenção”, afirmou Fernanda.
O objetivo da investigação é identificar possíveis falhas na estrutura e sinalização da trilha que leva ao mirante, especialmente entre a base onde funciona uma lanchonete e o ponto do acidente.
Entenda o que aconteceu
De acordo com o relato do pai à polícia, a família estava em uma área mais alta do parque. A mãe havia começado o retorno com as duas crianças menores, enquanto o pai permaneceu para acompanhar a filha mais velha.
“Quando percebeu, a menina correu em direção ao cânion, afastando-se rapidamente. O pai tentou alcançá-la, mas não conseguiu”, relatou a delegada.
A dinâmica exata da queda ainda está sendo investigada, mas tudo indica que foi um acidente.
Translado do corpo e apoio à família
O translado do corpo da criança será feito por um avião da Casa Militar do Estado do Paraná, estado de origem da família. Outra aeronave do governo paranaense transportará os pais e os irmãos até a capital, Curitiba.
Segundo nota oficial, o governo informou que o transporte será realizado assim que o corpo for liberado pelo Instituto Médico Legal (IML) do Rio Grande do Sul.