No aniversário de Brasília, passagem sobre o túnel em construção, interditada pelas obras, volta ao circuito dando mais fluidez ao trânsito e permitindo o acesso de carro às lojas
Já está liberado para a circulação de veículos o cruzamento da Avenida Comercial com a Avenida Central, no Centro de Taguatinga. A reabertura do trecho, interditado em 23 de julho de 2020 para a construção do Túnel de Taguatinga, reanima os comerciantes com expectativa de aumento das vendas causado pela volta da circulação de carros e, consequentemente, de compradores.
“Quem vinha da Avenida Comercial Norte para a Sul tinha que dar uma grande volta para chegar até aqui, então acabavam comprando em outro lugar“, conta Raquel Goulart, 56 anos, proprietária de uma banca de revistas aberta na avenida desde 1986. “Conseguimos nos manter firmes, depois de alguns meses fechados pela pandemia e 20 meses de trânsito interrompido, mas tenho certeza que agora tudo volta a melhorar”, emenda.
“Com o movimento de volta tudo muda: poderemos funcionar até mais tarde e, consequentemente, vender mais”Marcos Costa, gerente de loja na região
A reabertura oficial do tráfego no cruzamento foi feita pelo governador Ibaneis Rocha, com a presença de autoridades políticas do Governo do Distrito Federal (GDF), moradores e empresários de Taguatinga. De acordo com ele, esse é o início de uma série de entregas que vão fazer bem não só a quem reside, mas a quem investe na cidade, gerando emprego e renda. “Empresários, acreditem! Esse é um governo que anda de mãos dadas com o povo e com o empresariado.”
A reativação do tráfego na Avenida Comercial traz consigo os primeiros reflexos das benfeitorias causadas pela construção do túnel – maior obra viária urbana em execução no país que vai transformar a mobilidade da região. “Traz um maior fluxo de veículos e a gente sabe que os carros e o transporte coletivo circulando geram frutos, não só para a mobilidade, mas também para o comércio por onde eles passam”, ressalta o secretário de Obras, Luciano Carvalho.
Proprietário de um restaurante no beco que dá acesso à avenida, Janes Albuquerque, 44 anos, arrendou o espaço há 7 meses, quando ainda não havia prazo definido para abertura do trecho. O empresário pensou na valorização comercial e imobiliária que virá com o túnel e decidiu investir. “A reabertura de hoje é o primeiro sinal de que tudo já começa a melhorar”, acredita.
Se a obra traz mais carros de volta aos estacionamentos em frente às lojas, traz também mais segurança. Pela baixa na movimentação, o comércio no quarteirão interditado acabava fechando as portas mais cedo, por falta de clientes e pelo risco que isso trazia ao anoitecer. “Com o movimento de volta tudo muda: poderemos funcionar até mais tarde e, consequentemente, vender mais”, diz Marcos Costa, 25 anos, gerente de uma loja de utilidades domésticas.