Primeira-dama desembarcou na quarta (17/9), entrou com visto especial vinculado à ONU e iniciou agenda como enviada para mulheres da COP30 antes da chegada do presidente, no domingo (21/9)
A primeira-dama Janja desembarcou em Nova Iorque na quarta-feira (17/9), quatro dias antes do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. A antecipação marca a abertura da frente diplomática brasileira na semana da Assembleia-Geral das Nações Unidas (ONU) e sinaliza o foco do Planalto em pautas de gênero, clima e diplomacia pública.
Chegada e protocolo
Janja viajou de Brasília a Nova Iorque a bordo de um voo da Força Aérea Brasileira (FAB) que transportou a equipe precursora da Presidência — grupo responsável por logística, segurança e checagens operacionais. A aeronave pousou no Aeroporto John F. Kennedy (JFK), principal porta de entrada da cidade.
Segundo o protocolo, a primeira-dama ingressou com um visto especial concedido no âmbito do acordo entre os EUA e a ONU, que garante a entrada de delegações oficiais durante o período da Assembleia. Em função desse regime, a imigração foi realizada a bordo, por agentes americanos, e transcorreu sem incidentes, apesar do momento de tensão entre Brasília e Washington.
Base da delegação
Do aeroporto, Janja seguiu para a residência oficial do embaixador Sérgio Danese, representante do Brasil junto à ONU. O endereço servirá de base para a agenda da primeira-dama e, a partir de domingo (21/9), também para o presidente Lula.
Agenda antecipada
Com a chegada antes do chefe de Estado, Janja cumpre compromissos na condição de enviada especial para mulheres da COP30, articulando encontros e participações que amarram as agendas de clima, inclusão e desenvolvimento às discussões multilaterais da semana da ONU. A movimentação antecipa mensagens que o Brasil pretende reforçar no plenário: sustentabilidade, justiça social e fortalecimento do multilateralismo.
Contexto e sinalização política
Embora o ambiente bilateral esteja marcado por ruídos diplomáticos recentes, a entrada sem sobressaltos e o uso do canal protocolar da ONU indicam que a programação oficial brasileira segue preservada. Para o Planalto, a presença antecipada de Janja exerce um papel simbólico e prático: aquecer a cena diplomática, organizar encontros temáticos e projetar soft power antes do discurso presidencial.
O que vem pela frente
Com a chegada de Lula no domingo (21/9), a comitiva deve intensificar reuniões bilaterais e encontros de alto nível, em agenda que inclui democracia, meio ambiente e conflitos em curso. A residência do embaixador funcionará como hubdas articulações até o encerramento dos compromissos em Nova Iorque.