Por quase 40 anos, Rosita defende direitos e dignidade de pessoas em deslocamento. É a segunda vez que um cidadão brasileiro recebe o prêmio Nansen; em 1985, Dom Evaristo Arns foi premiado.
A religiosa e ativista brasileira Rosita Milesi, de 79 anos, foi reconhecida nesta quarta-feira (9) pela Organização das Nações Unidas (ONU) por seu trabalho de amparo a refugiados, migrantes, apátridas, e outras pessoas que necessitam de proteção internacional.
Irmã Rosita é a segunda brasileira a receber o prêmio Nansen, do Alto Comissariado da Onu para Refugiados (Acnur). Em 1995, o ex-arcebispo de São Paulo Dom, cardeal Paulo Evaristo Arns ganhou o prêmio.
Há 36 anos, ela defende os direitos e a dignidade das pessoas que deixaram os países de origem, ajudando-as com abrigo, comida, assistência médica, treinamento em idiomas, empregos e documentação legal no Brasil.
Nascida no Rio Grande do Sul, ela fundou o Instituto Migrações e Direitos Humanos (IMDH), com sede em Brasília e Roraima, que oferece assistência para refugiados e migrantes.
Rosita é uma das cinco mulheres do mundo homenageadas com o Prêmio Nansen neste ano. Ela ganhou a premiação global por seus esforços humanitários, enquanto as demais foram premiadas regionalmente (veja detalhes mais abaixo).
Todos os anos, o Prêmio Nansen homenageia um indivíduo ou organização que dedicou seu tempo e fez a diferença para proteger pessoas deslocadas à força de suas casas.