Ibaneis sanciona lei que moderniza serviço de táxi no DF

Texto atualiza regras de idade da frota, vistorias, classificação dos veículos e libera uso de sistemas digitais; elétricos entram oficialmente no jogo

O governador Ibaneis Rocha (MDB) sancionou, nesta terça (7/10), a lei que atualiza a prestação do serviço de táxi no Distrito Federal. A proposta — de autoria do Poder Executivo e aprovada por unanimidade na CLDF — será publicada no Diário Oficial e mira padronização da frota, mais segurança ao usuário e alinhamento às decisões do STF.

Essa é a lei da modernização… Queremos melhorar a prestação de serviço dos taxistas”, afirmou Ibaneis.

secretário de Transporte e MobilidadeZeno Gonçalves, destacou que a norma atende demandas antigas da categoria, incluindo acesso a carros elétricoslinhas de crédito e bolsões de estacionamento.


🚕 O que muda na prática

  • Idade da frota: veículos de até 10 anosquatro portas e ar-condicionado.
  • Classificação:
    • Convencional — pode ser a combustão, biocombustível, híbrido ou elétricocor branca ou prataporta-malas de 350 L (ou 310 L para elétricos).
    • Executivo — cor pretabancos em couro ou sintéticoentre-eixos mínimo de 2.600 mm e até 7 lugares.
  • Vistorias:
    • 0 a 4 anosapenas na apresentação inicial.
    • 5 a 10 anosanual.
  • Eventos: criação de bolsões reservados para trânsito e pontos de táxi em grandes shows e feiras.
  • Apps e chamadas: autorização para uso de sistemas digitais de intermediaçãotarifa segue exclusivamente o taxímetro definido pela Secretaria.
  • Exceções técnicas: em casos justificados, será possível operar veículos com ano anterior ao limite, mediante critérios.
  • Transferência de alvarásrevogada, inclusive por herança, em conformidade com o STF; em caso de invalidez do motoristaparente poderá ser indicado para continuidade do serviço.

⚡ Táxi elétrico ganha impulso

A lei caminha junto do Táxi Verde BRB, programa lançado em setembro que financia veículos elétricos para taxistas: até 80% do valor (teto R$ 200 mil), 24 a 96 mesescarência de até 3 meses e juros de 1,75% ao mês. A meta é beneficiar cerca de 3,4 mil profissionais e baratear custos operacionais.

Ibaneis comparou os gastos: “Hoje, um carro a combustão gasta mais de R$ 6 para rodar 14 km; com o elétrico, cerca de R$ 1.” Resultado: mais renda ao taxista e serviço mais competitivo.

O presidente do SinpetaxiSued Sílvio Souza, celebrou: “Foi o primeiro governador a pensar na eletrificação da frota… Hoje só temos motivo para comemorar.”


🧭 Por que isso importa

  • Padronização e previsibilidade: regras claras para frotas, vistorias e categorias.
  • Tecnologia e competiçãoapps oficiais para corrida entram sem distorcer o modelo tarifário.
  • Sustentabilidade e custoelétricos reduzem despesa por km e emissões.
  • Segurança jurídica: adequação à jurisprudência do STF sobre autorizações.

Em resumo: o DF moderniza o táxiabre a porta aos elétricos, dá lastro legal ao uso de plataformas e reorganiza o serviço para grandes eventos — com vistorias proporcionais à idade e fim da transferência de autorizações, reforçando governança e qualidade.