Dados da Secretaria de Segurança mostram casos que ocorreram entre março de 2015 e maio de 2023. Entenda o que são essas medidas e conheça programas de proteção às mulheres.
Um estudo realizado pela Câmara Técnica de Monitoramento de Homicídios e Feminicídios (CTMHF), da Secretaria de Segurança Pública Distrito Federal mostra que de março de 2015 a maio de 2023, entre as vítimas que registraram ocorrência anterior ao crime, 79,6% pediram medidas protetivas de urgência. Dessas, 92,3%foram deferidas por decisão judicial.
A protetiva medida é concedida quando há risco ou efetiva violação à integridade física, psicológica, sexual, patrimonial ou moral da ofendida ou de seus dependentes.
O monitoramento também revela que 75% dos casos de feminicídios ocorreram dentro de residências. Em 86,3% dos casos a motivação foi o sentimento de posse, ciúme ou não aceitação do término do relacionamento.
Do começo de janeiro até esta terça-feira (27), o Distrito Federal registrou 18 vítimas de feminicídio. Em todo o ano passado foram 17 crimes do tipo.
Algumas das mulheres assassinadas tinham medida protetiva contra o assassino, mas a ordem judicial não impediu o crime. Segundo a juíza coordenadora do Núcleo Judiciário da Mulher do TJDFT, Fabriziane Zapata, a questão é complexa e também passa pela banalização da violência.