Flávio Roberto de Souza foi condenado por peculato e fraude processual; ele havia guardado valores e bens apreendidos em sua residência.
A Polícia Federal prendeu, na manhã desta terça-feira (21), o ex-juiz federal Flávio Roberto de Souza, de 60 anos, no Rio de Janeiro. A prisão ocorre após uma condenação em segunda instância, onde ele foi sentenciado a sete anos de prisão por peculato e um ano por fraude processual.
Flávio Roberto se tornou alvo de investigação em 2015, quando foi flagrado dirigindo um Porsche pertencente ao empresário Eike Batista. Além do veículo de luxo, o ex-magistrado também guardou em sua sala na Justiça Federal mais de R$ 100 mil em dinheiro apreendido sob sua própria ordem, além de um piano que pertenceu a Batista, que ele levou para seu apartamento.
De acordo com o Ministério Público Federal, Flávio Roberto, que atuava como juiz titular da 3ª Vara Federal Criminal do Rio, se apropriou indevidamente de parte dos valores apreendidos, que incluíam R$ 90 mil, 2.750 libras esterlinas e 5.442 dólares. Os bens foram recolhidos pela Polícia Federal durante a operação que investigava Eike Batista, e deveriam ter sido mantidos sob custódia oficial, mas foram indevidamente armazenados no condomínio residencial do ex-juiz.
A prisão de Flávio Roberto de Souza destaca a luta contra a corrupção no sistema judiciário e levanta questões sobre a conduta de autoridades que ocupam cargos de confiança. A expectativa é de que novas investigações sejam conduzidas para apurar a extensão das irregularidades cometidas durante seu mandato como juiz federal.