ONU alerta para riscos de confronto militar aberto entre as duas potências nucleares
A tensão entre Índia e Paquistão voltou a escalar perigosamente após uma série de bombardeios e trocas de disparos de artilharia na região disputada da Caxemira. O saldo, até o momento, é de 38 mortos — 26 no lado paquistanês e 12 no lado indiano —, além de dezenas de feridos.
Segundo autoridades do Paquistão, cinco aviões de combate indianos foram abatidos durante os ataques, e 26 civis, incluindo duas crianças, morreram após bombardeios. Vídeos nas redes sociais mostram cenas do momento dos ataques.
Do lado indiano, o governo anunciou ter destruído “nove acampamentos terroristas” em território paquistanês, e relatou 12 mortos e 38 feridos na localidade de Poonch, também como resultado de disparos de artilharia paquistanesa.
Apelo internacional
O Comitê de Segurança Nacional do Paquistão pediu que a comunidade internacional reconheça “a gravidade das ações ilegais e injustificáveis da Índia” e a responsabilize pela violação do direito internacional.
A escalada já gerou preocupação na ONU. O porta-voz do secretário-geral, António Guterres, afirmou que “o mundo não pode permitir um confronto militar entre Índia e Paquistão”, reforçando a necessidade urgente de diálogo e contenção.
Histórico de conflitos
Índia e Paquistão, ambos países com armamento nuclear, já travaram três guerras — duas delas pela disputa da Caxemira — desde a partilha do subcontinente em 1947. A atual onda de violência reacende temores de uma nova guerra aberta na região.
O cenário segue monitorado de perto por líderes internacionais, que temem que a situação saia do controle e provoque uma crise de proporções globais.