Faturamento médio mensal saltou de R$ 466 mil para R$ 775 mil após entrada de sócios ligados à facção
A Polícia Federal (PF) apontou que postos de combustíveis controlados por empresários ligados ao Primeiro Comando da Capital (PCC) tiveram um aumento de 66% no faturamento após a entrada de nomes supostamente associados à facção criminosa.
Segundo relatório da Operação Tank, uma rede de 28 postos no Paraná passou a ser controlada em 2021 por Rafael Gineste, seus sócios e familiares. Desde então, a receita média mensal dos estabelecimentos subiu de R$ 466 mil para R$ 775 mil, bem acima da média de outros postos da região.
A investigação indica que Gineste teria ligação com Daniel Dias Lopes, Roberto Lemes (Beto Louco) e Mohamad Mourad (Primo), apontados como integrantes do esquema de lavagem de dinheiro do PCC no setor de combustíveis.
Além do crescimento no faturamento, a PF destacou a realização de depósitos fracionados em espécie. Nos postos sob investigação, a média mensal foi de R$ 276,3 mil por unidade, contra R$ 95,6 mil nos demais — uma diferença de 187%.
A Operação Tank foi deflagrada na última quinta-feira (28/8) e faz parte de um conjunto de três operações contra esquemas de fraude e lavagem de dinheiro ligados ao crime organizado. Outras duas ações foram conduzidas pela PF e pelo Ministério Público de São Paulo (MPSP), na Operação Carbono Oculto.