Duda Matte brilha na Record e se prepara para estreia na HBO Max

A atriz gaúcha vive drama histórico em ‘Paulo, o Apóstolo’ e viaja no tempo para a luta contra o HIV em’ Máscaras de Oxigênio Não Cairão

Gaúcha de apenas 20 anos, Duda Matte já acumula um currículo expressivo na arte. Entre seus trabalhos de destaque estão o protagonismo em Ela Disse, Ele Disse, adaptação cinematográfica do best-seller de Thalita Rebouças, e o longa Meninas Não Choram, no qual raspou os cabelos para interpretar uma jovem com câncer.

Atualmente, a atriz encara dois desafios paralelos: está no ar na Record TV com o drama histórico Paulo, o Apóstolo e se prepara para a estreia da série Máscaras de Oxigênio Não Cairão Automaticamente, na HBO Max, marcada para o dia 31 de agosto. A produção retrata o início da epidemia de HIV nos anos 1980.

Em Paulo, o Apóstolo, Duda dá vida a Otávia, filha do imperador e prometida em casamento a Nero. Segundo ela, o papel exigiu intensa preparação, incluindo aulas de latim:

“Foi meu segundo trabalho de época, mas em Paulo, o mergulho foi outro. A história se passa em 50 d.C., então precisei estudar bastante, inclusive a língua. Tive falas em latim, mas o mais desafiador, sem dúvida, foi compreender e interpretar as violências daquele tempo como parte da normalidade cotidiana da personagem. Para mim e acredito para a maioria, certos acontecimentos históricos são difíceis até de ler.”

Apesar da densidade do conteúdo, os bastidores foram leves, revela Duda, que destaca a conexão com a colega de elenco Rosanne Mulholland:

“Fiz amizades muito especiais nesse projeto. A Rosanne e eu fizemos o teste juntas, fomos aprovadas juntas e nos tornamos muito próximas. Eu já admirava o trabalho dela, então contracenar com ela foi uma grande alegria.”

A HBO Max marca um novo salto em sua carreira. Na série Máscaras de Oxigênio Não Cairão Automaticamente, Duda interpreta Olívia, uma jovem perspicaz e sonhadora, que aspira estudar jornalismo. Ao se aproximar da boate Paradise, ela passa a documentar a vida de um grupo profundamente impactado pela epidemia de HIV. A atriz relata que o processo começou com forte carga emocional:

“Recebi a cena do teste e já fiquei profundamente tocada. A leitura coletiva foi ainda mais intensa. Em um dos monólogos, eu e Matheus Costa, que faz meu par na trama, terminamos em lágrimas. O texto é poderoso e é impossível não se envolver.”

Para compor Olívia, Duda buscou referências em casa e na história. “Conversei com minha mãe, vi vídeos,  reportagens da época e o figurino foi essencial. A moda dos anos 80 é marcante e muita coisa usada pela minha personagem eu usaria tranquilamente hoje. A estética da década tem muita personalidade. Adoro!”

O que mais a impressionou, contudo, foi o silêncio que cercava o HIV nos anos 80:“É assustador perceber o quanto o tema foi banalizado e tratado com desinformação. Sou privilegiada por ter crescido em um ambiente aberto ao diálogo e acesso à informação.”

Ao lado de nomes como Johnny Massaro, Ícaro Silva, Bruna Linzmeyer e Andrea Horta, Duda celebra a troca com artistas mais experientes: “Foi um aprendizado intensivo. Além de serem intérpretes admiráveis, são pessoas generosas. Muito talento reunido!  Observar o processo de criação de cada um foi um aprendizado valioso. Lembro bem de ver a Bruna se concentrando antes das cenas — uma entrega admirável.”

Os projetos seguem a todo vapor. Duda tem dois longas em fase de finalizaçãoQuatro Meninas e Era Uma Vez a Minha Primeira Vez. Este último marca o reencontro com a escritora Thalita Rebouças e a diretora Claudia Castro, as mesmas de seu primeiro grande papel no cinema.

“Esse reencontro tem um significado especial. E, além disso, atuo novamente ao lado da Letícia Braga, minha parceira em Meninas Não Choram, e também com a talentosa Lívia Silva Castorino. É uma alegria imensa fazer parte desse time.”

Com um percurso já notável, Duda ainda nutre sonhos. Um deles? Viver uma grande vilã. “Pode soar clichê, mas son ho com uma vilã inesquecível, daquelas que o público ama odiar, que comete atrocidades, mas conquista um certo fascínio. Acho um tipo de personagem fascinante.”

Ainda assim, ela revela outro lado de suas paixões na atuação: “Amo ser a mocinha das comédias românticas também. Aquela personagem leve, divertida, que vive dilemas amorosos e é disputada. São dois extremos que me desafiam e me encantam.”

Duda Matte é um talento gerenciado por Ieda Ribeiro, uma das mais conceituadas empresárias artísticas do país, com mais de 20 anos de trajetória no lançamento e gestão de carreiras.