Após recesso, Câmara Legislativa do DF volta aos trabalhos; Plano de Preservação de Brasília segue como uma das pautas mais controversas
A Câmara Legislativa do Distrito Federal (CLDF) retomou suas atividades legislativas em fevereiro de 2025, após um recesso iniciado em 11 de dezembro de 2024. No segundo ano da atual legislatura, temas sensíveis marcaram o debate político local, incluindo reestruturação de carreiras públicas, definição de orçamentos e propostas que geraram intensos embates dentro e fora do parlamento.
Projetos que marcaram 2024
Dentre as centenas de proposições discutidas no último ano, um dos temas mais controversos foi a aprovação do Plano de Preservação do Conjunto Urbanístico de Brasília (PPCub). Apresentado como uma iniciativa para manter a identidade da capital, o projeto acabou abrindo espaço para alterações significativas no Plano Piloto, levantando preocupações sobre a descaracterização da cidade tombada como Patrimônio da Humanidade pela Unesco desde 1987.
O PPCub foi aprovado em 19 de junho de 2024, com o voto favorável de 18 deputados distritais. Em 12 de agosto, o governador Ibaneis Rocha (MDB) sancionou a lei, incluindo 63 vetos, resultando em um texto final de 782 páginas. O documento estabelece novas diretrizes para a ocupação da capital, impactando diretamente o setor imobiliário e o planejamento urbano.
O que esperar para 2025?
Com o retorno das atividades na CLDF, pautas estruturais e de grande impacto para os brasilienses voltam ao centro do debate. Além de possíveis revisões do PPCub, temas como mobilidade urbana, segurança pública e investimentos na área da saúde prometem gerar novas discussões acaloradas.
Os desdobramentos das votações deste ano definirão o futuro do Distrito Federal e seguirão sob forte vigilância da sociedade civil e dos órgãos de preservação do patrimônio histórico. A expectativa agora é sobre quais serão as prioridades dos parlamentares e como a população será impactada pelas decisões tomadas na Casa.