CLDF endurece regras e mira fim do teletrabalho

Servidores terão que comprovar residência no DF ou Entorno​

A Câmara Legislativa do Distrito Federal (CLDF) deu um passo decisivo rumo ao fim do teletrabalho. Em decisão da Mesa Diretora, novas concessões de home office foram suspensas, e as autorizações vigentes passarão por revisão criteriosa. O presidente da Casa, deputado Wellington Luiz (MDB), afirmou que a medida visa restringir o regime remoto a casos excepcionais, como problemas de saúde comprovados ou dificuldades de locomoção. ​

Atualmente, mais de 200 servidores da CLDF estão em teletrabalho. Segundo Wellington Luiz, há indícios de que alguns desses profissionais estejam residindo fora do país, o que considera “inadmissível”. ​

A nova determinação exige que os servidores em home office comprovem residência no Distrito Federal ou Entorno no prazo de 30 dias. Caso contrário, deverão retornar imediatamente ao trabalho presencial. ​

A decisão da CLDF segue uma tendência observada em outros órgãos públicos do Distrito Federal, que têm revogado regimes de teletrabalho implementados durante a pandemia de Covid-19. A Casa Civil do GDF, por exemplo, recomendou que órgãos e entidades da administração pública suspendam o teletrabalho e não concedam mais o benefício aos servidores. ​

A expectativa é que, na reunião da Mesa Diretora marcada para o próximo dia 28, sejam definidas regras mais rígidas para o teletrabalho na CLDF, incluindo a obrigatoriedade de comparecimento presencial duas vezes por semana para os servidores que permanecerem no regime remoto. ​

A medida tem gerado debates entre os servidores e representantes sindicais, que defendem a manutenção do teletrabalho como forma de garantir qualidade de vida e eficiência no serviço público. ​

A CLDF ainda não se pronunciou oficialmente sobre possíveis exceções ou sobre a situação dos servidores que atualmente residem fora do país. A expectativa é que novas diretrizes sejam divulgadas após a reunião da Mesa Diretora.​