Menino autista não quer voltar para escola após ser constrangido por professora no DF

Estudante havia esquecido agenda em casa e professora escreveu bilhete em folha A4, com recado para mãe, e colou na parte de fora da mochila. Segundo família, colegas fizeram chacota da situação.

Uma criança, de 9 anos, com transtorno do espectro autista (TEA) passou por uma situação de constrangimento, causada pela professora, em uma escola pública do Distrito Federal e, há um mês, não quer mais voltar para o colégio. O estudante havia esquecido a agenda em casa e a professora escreveu um bilhete para a mãe, em folha A4 , e colou o recado na parte de fora da mochila do menino.

Segundo a mãe – que não quer ser identificada para não expor o filho – o caso ocorreu há um mês e o menino foi motivo de chacota entre os colegas da Escola Classe Jardim Botânico.

“A professora nem avisou meu filho do bilhete. Simplesmente colou na mochila dele e mandou ele de volta pra casa. Então, quem falou pra ele do bilhete foram os amigos, que ficaram rindo dele. Ele se sentiu envergonhado. Quando chegou em casa chorou e ainda disse ‘Viu mãe? Por isso eu não queria ir pra escola'”, conta a mãe.

No bilhete, a professora diz que precisa da agenda para poder se comunicar com a mãe do menino. Ela ainda relata que ele machucou o dedo e que deverá fazer as atividades de matemática em casa porque não havia levado o livro.

Segundo a Secretaria de Educação, “todas as medidas cabíveis foram tomadas, inclusive de apuração de responsabilidades quanto a conduta por parte dos envolvidos no episódio”. A pasta afirmou também que “repudia qualquer tipo de ação discriminatória que gere exposição e humilhação aos estudantes e suas famílias”.