Agentes começaram a cumprir nove mandados de busca e apreensão, nesta sexta-feira (9), em empresas ligadas aos investigados. Segundo corporação, crimes ocorreram entre 2014 e 2019.
A Polícia Federal deflagrou, nesta sexta-feira (9), uma operação contra uma organização criminosa suspeita de grilagem de terras em Vicente Pires, no Distrito Federal. Segundo a corporação, os crimes ocorreram entre 2014 e 2019 e os suspeitos receberam R$ 14 milhões com a venda de mais de 60 lotes irregulares.
Os agentes da PF começaram a cumprir nove mandados de busca e apreensão na capital, em empresas ligadas aos investigados. Segundo a corporação, uma das ordens foi cumprida em um shopping de Taguatinga.
A operação ganhou o nome de “Elo Falso” e, segundo a Polícia Federal, é uma referência ao “modus operandi” da quadrilha. Os investigadores afirmam que o grupo atuava por meio de falsos contratos de cessão de direitos possessórios, em nome de terceiros.
“Esses contratos, encabeçados por ‘laranjas’, davam aparência de legalidade às transações, bem como criavam um ‘elo falso’ entre os verdadeiros loteadores ilegais e os compradores dos imóveis, dificultando as investigações”, diz a PF.
Os crimes investigados são parcelamento irregular do solo, lavagem de dinheiro, organização criminosa, crimes contra a administração pública, uso de documento falso, falsidade ideológica e crime ambiental. Se somadas, as penas podem ultrapassar 30 anos de prisão.
A PF afirma ainda que os compradores dos lotes podem responder civil e criminalmente perante a Justiça Federal, além do risco de terem as casas demolidas.