Um fuzil 5.56 T4, da marca Taurus, está entre os armamentos comprados por um membro da facção criminosa PCC (Primeiro Comando da Capital), que conseguiu obter um certificado de registro de CAC (caçador, atirador e colecionador) do Exército mesmo tendo uma ficha corrida com 16 processos criminais, incluindo cinco indiciamentos por crimes como homicídio qualificado e tráfico de drogas.
Segundo reportagem do jornal Folha de S.Paulo, o documento foi expedido em junho de 2021, já na gestão do presidente Jair Bolsonaro (PL). O governo federal, por meio de novas portarias e decretos, tem flexibilizado o acesso a armas e munições no país. Algumas normas publicadas são destinadas a beneficiar especialmente a categoria dos CACs.
Após receber o registro de atirador, o homem comprou, além do fuzil, duas carabinas, duas pistolas, uma espingarda e um revólver. O valor das armas supera R$ 60 mil. As armas foram apreendidas pela Polícia Federal na quinta-feira (14), em Uberaba (MG), após cumprimento de três mandados de busca e apreensão na Operação Ludíbrio.
O fuzil T4, por sua vez, é a arma mais arrojada e que possui maior poder de fogo dentre as demais. Veja abaixo suas principais características.
Moderno, preciso e ideal para forças militares
Fabricado pela brasileira Taurus, uma das principais fornecedoras de armamentos para instituições policiais do país, o fuzil T4 é uma arma longa, de alta performance, que opera com munição no calibre 5,56 x 45mm (o mesmo de um fuzil AR-15). É possível atingir um alvo a até 300 metros de distância.
Com capacidade para 30 tiros, o modelo semiautomático vem sendo empregado por forças militares ao redor do mundo.
No Brasil, a Polícia Civil do Estado de São Paulo é uma das instituições que fazem uso do fuzil T4.
Trata-se de uma versão bastante moderna, baseada no sistema de armas M4/M16, amplamente empregado principalmente pelos países membros da Otan (Organização do Tratado do Atlântico Norte), por ser considerada extremamente confiável, leve, de fácil emprego e manutenção.