Lara Nesteruk acusa o médico Antônio Dourado Neto de retirar mais de R$ 7 milhões da empresa; ação pede fim da sociedade e apura “distribuição irregular de lucros”
O imbróglio entre a influenciadora Lara Nesteruk e o médico Antônio Dourado Neto saiu das redes e foi parar na Justiça. Em ação judicial, Lara relata ter descoberto um desvio superior a R$ 7 milhões da empresa que criou em 2017 para atender suas demandas de influenciadora, nutricionista e palestrante. Segundo a petição, Neto teria usado parte do dinheiro para pagar prostitutas e drogas, além de manter conteúdo íntimo de uma funcionária no celular — acusações que ele terá oportunidade de contestar no processo.
O relacionamento começou em 2018 e evoluiu para sociedade empresarial em 2021. Inicialmente, Neto pediu 50%, mas as partes fecharam 10% para ele, mantendo 90% com Lara. A partir daí, o médico passou a “administrar, de forma exclusiva, toda a parte financeira”, conforme a ação.
📉 Sinais de alerta e números do processo
Após episódios que despertaram desconfiança — como a compra de um carro acima de R$ 500 mil —, Lara contratou um profissional para auditar a gestão. Em reunião de setembro, o consultor apresentou os dados que embasam a ação:
- Faturamento: R$ 9.397.599,52 (2021) e R$ 11.199.058,38 (2022)
- Saldo em conta: menos de R$ 500 mil
- Retiradas de Lara (90% do capital): R$ 2.653.782,77 no último ano
- Retiradas de Neto (10% do capital): cerca de R$ 7.723.383,76
Para a autora, as retiradas atribuídas a Neto “superaram, e muito, a sua participação”, o que caracterizaria “distribuição irregular de lucros” e gestão lesiva. O pedido principal é encerrar a sociedade e recompor valoressupostamente desviados.
💔 Término conturbado e 13 traições
No plano pessoal, Lara afirma ter sido traída ao menos 13 vezes, com garotas de programa, e alega que o ex teria mantido conteúdo íntimo de uma colaboradora — que, segundo a influenciadora, acusou o médico de copiar dados do celular. Esses fatos são narrativas da autora e integram os autos.
⚖️ Próximos passos
O caso segue na esfera cível, com possibilidade de produção de provas contábeis e oitiva de testemunhas. Neto poderá apresentar defesa e suas justificativas financeiras, bem como contestar as acusações pessoais. Até decisão judicial, vigora a presunção de inocência quanto a eventuais delitos.